O frente-a-frente entre CHEGA e PS, realizado esta terça-feira, começou com o tema da Economia em destaque. Logo na primeira pergunta – “Como se protege a economia portuguesa?” –, Ventura atacou a liderança socialista: “Criando estabilidade, algo que o PS, com Pedro Nuno Santos à cabeça, não garantiu ao país”. Para o líder do CHEGA, a atuação do ex-ministro da Habitação e das Infraestruturas foi sinónimo de desorganização e falta de rumo.
Repetindo o argumento, reforçou: “Se eu tenho uma má compreensão da Economia, deem-me uma oportunidade, porque o homem que está à minha frente destruiu a Economia. Deu cabo da TAP, da ferrovia, da CP.”
Ventura não parou por aí. Levantou duas questões diretas: “Em 2023, o PS aumentou o IUC. Agora quer baixar. O que mudou? O PS chumbou o IVA Zero proposto pelo CHEGA, mas agora inclui-o no seu programa. O que mudou, afinal?”
“Se Pedro Nuno Santo não geriu bem um ministério, como vai gerir bem todos os ministérios? Geriu mal a Habitação, uma das áreas mais críticas do país. Como vai liderar o Governo?”, questionou Ventura, que aproveitou para voltar à crítica fiscal.
“O PS tem uma lógica simples: taxar, taxar, taxar. Pedro Nuno sempre foi contra baixar impostos. Quer cobrar mais, não para fazer o país crescer, mas para distribuir pelos que não querem trabalhar e por um conjunto de parasitas, dentro e fora do Estado, que continuam a afundar Portugal”, acusou, rematando com a promessa de que, com ele, “vai ser cortar a direito”.
O tema da imigração também esteve em cima da mesa. Ventura afirmou ter ouvido Pedro Góis, diretor científico do Observatório das Migrações, dizer que “os portugueses talvez possam ficar mais tempo em casa dos pais porque os imigrantes precisam de habitação”. Em resposta, arrematou: “No meu primeiro dia como primeiro-ministro, será o seu último em funções.”