“Precisamos chegar agora a um acordo rápido com os Estados Unidos. Uma solução rápida e simples é melhor do que uma solução longa e complicada, com negociações que durariam meses”, afirmou Friedrich Merz, em Berlim.
O Comissário Europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, está em Washington a tentar concluir o acordo comercial com as autoridades norte-americanas em nome do bloco europeu.
Se não for alcançado um acordo até 09 de julho, o Presidente norte-americano poderá duplicar as taxas das importações da UE para 20%, ou mesmo aumentá-la para 50%, como anunciou em maio.
Como líder da maior economia da Europa, Friedrich Merz tem defendido repetidamente uma solução “simples”, mesmo que isso signifique aceitar um acordo assimétrico em que os europeus concordariam com certas sobretaxas, sem compensação.
A Alemanha está na linha da frente das repercussões após a ofensiva tarifária norte-americana, isso porque a sua economia é altamente dependente das exportações para os Estados Unidos, particularmente nas indústrias química, farmacêutica, automóvel, siderúrgica e de máquinas e ferramentas.
São precisamente estes sectores-chave que as negociações com Washington devem privilegiar, segundo Merz, que acredita que será demasiado longo e complicado chegar a um acordo abrangente que reúna todas as categorias de produtos.
“Precisamos agora de alcançar rapidamente um acordo com os Estados Unidos para que as nossas empresas sejam isentas das taxas alfandegárias excessivamente elevadas que atualmente têm de pagar quando exportam para os Estados Unidos”, disse Merz num discurso a uma federação de bancos alemães.
Desde o seu regresso à Casa Branca, em janeiro, Donald Trump fez das taxas alfandegárias um pilar fundamental da sua política, promovendo uma guerra comercial internacional.
Em Washington, Sefcovic tem reuniões agendadas com o representante para o Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, e o secretário do Comércio norte-americano, Howard Lutnick, informou a Comissão Europeia esta semana.