Numa conferência de imprensa na sede em Lisboa, André Ventura recusou usar a expressão “linhas vermelhas” sobre estas três medidas, mas considerou que se trata do “corolário óbvio” daquilo que foi aprovado na véspera no parlamento, em sede de especialidade, no tema da imigração e da lei dos estrangeiros, que disse ser resultante de “um entendimento” com a AD.
“Nós temos perfeita consciência de que algumas destas propostas têm implicações orçamentais e o CHEGA obviamente não se comprometeu, nem poderia, com o próximo Orçamento do Estado, mas o princípio que temos hoje é de um caminho que está a ser feito para garantir que todas estas matérias têm também concretização orçamental”, referiu.
Na opinião do líder do CHEGA, “seria um pouco ingénuo fingir” que estas alterações não terão “implicações na redação e na construção do próximo Orçamento do Estado para o próximo ano”.
“Isto significa que o CHEGA está vinculado a este Orçamento do Estado? Bom, eu não usaria essa expressão, mas o CHEGA está responsavelmente empenhado em garantir que este Orçamento do Estado vai mesmo concretizar estas mudanças que chegámos a acordo”, enfatizou.
Afirmando que “o Governo encontrará no CHEGA um partido firme nas suas convicções”, Ventura avisou que “vai querer ver concretizadas e plasmadas estas realidades no Orçamento do Estado”, acrescentando que deu “três exemplos para que ficassem claros”.
“A criação de uma polícia de fiscalização de subsídios, a atribuição de suplemento aos polícias da nova Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras, na PSP, e a criação de centros de deportação no país são estas três medidas e são “matérias de impacto orçamental”, assumiu.