“Mais do que uma hipótese, é mesmo a vontade coletiva”, declarou Macron numa entrevista transmitida hoje pela LCI, quando questionado sobre a realização deste encontro na Europa, anunciado após o encontro em Washington entre Donald Trump e vários líderes europeus.
“Será um país neutro e, por isso, talvez a Suíça. Defendo Genebra, ou outro país. A última vez que houve discussões bilaterais foi em Istambul”, recordou.
Sobre a segurança da Ucrânia, Macron anunciou a organização, com o Reino Unido, de uma reunião a partir de hoje da “coligação dos dispostos”, “os 30 países que trabalham em garantias de segurança, para os manter informados sobre o que foi decidido”.
“Imediatamente a seguir, iniciaremos um trabalho concreto com os americanos e, por isso, (…) os nossos conselheiros diplomáticos, ministros e chefes de gabinete começarão a trabalhar para ver quem está pronto para fazer o quê”, disse.
Em relação às concessões territoriais, Macron diz que “cabe à Ucrânia fazê-las”.
“A Ucrânia fará as concessões que considerar justas e apropriadas”, disse.
A reunião de segunda-feira em Washington foi convocada por Donald Trump, após uma cimeira no Alasca na sexta-feira com o homólogo russo, que não produziu nenhum anúncio relacionado com um acordo para o conflito.
Além de Zelensky, marcaram presença na Casa Branca os líderes francês, Emmanuel Macron, e britânico, Keir Starmer, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o Presidente finlandês, Alexander Stubb.
Estiveram ainda presentes a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Numa mensagem na rede social Truth, Trum afirmou que, no final da reunião na Casa Branca com Zelensky e líderes europeus sobre o conflito na Ucrânia, telefonou a Putin e iniciou “os preparativos para uma reunião, em local a determinar”, entre os chefes de Estado russo e ucraniano.
Citando fonte próxima do encontro, a AFP adianta que Putin disse a Trump estar pronto a encontrar-se com Zelensky.
Após uma primeira reunião com Zelensky, seguiu-se uma reunião de Trump também com os líderes europeus, que terminou em conversações na Sala Oval da Casa Branca, tendo sido discutidas as garantias de segurança para a Ucrânia, adiantou o Presidente norte-americano na rede social Truth.
Estas garantias, adiantou “seriam prestadas pelos vários países europeus, em coordenação com os Estados Unidos”.