André Ventura diz que primeiro-ministro não sabe ser líder e dar a cara

O líder do Chega, André Ventura, criticou hoje o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmando que não sabe ser líder, dar a cara ou desempenhar o cargo, a propósito da forma como o Governo lidou com os incêndios.

Partido CHEGA

“Estar ao leme é dar a cara, é ser líder, mas Montenegro já mostrou que não sabe nem ser líder, nem dar a cara, nem ser primeiro-ministro e é por isso que temos, rapidamente, que o substituir nesse lugar”, afirmou André Ventura, em Beja.

Discursando na apresentação dos candidatos autárquicos do partido por Beja, o presidente do Chega lembrou que, no debate sobre os incêndios, na quarta-feira, no parlamento, Montenegro disse que esteve sempre ao leme durante os fogos.

“Estar ao leme não é estar no Pontal enquanto o país está a arder, não é estar fechado em Lisboa enquanto os portugueses estão a sofrer e não têm meios, não é estar sentado na festa do Pontal enquanto não há meios aéreos para atacar fogos”, reiterou.

Admitindo ter ficado chocado com “a forma como arrogantemente [o primeiro-ministro] trata as pessoas e as situações” causadas pelos fogos, Ventura considerou que a sua postura é “como quase que as pessoas e as situações comuns lhe tivessem alguma alergia”.

“Quase como se fosse um político de elite, fechado no seu condomínio, sem ter que responder a ninguém e sem sequer querer cruzar-se com ninguém”, sublinhou, acusando o primeiro-ministro de ter uma atitude de “desprezo pelo sofrimento das pessoas”.

“E a atitude de arrogância e altivez de não reconhecer que falharam, que podíamos ter feito melhor” no combate aos incêndios, prosseguiu.

O líder do Chega referiu que o Estado falha quando, apesar de todos os impostos que os portugueses pagam e dos descontos que fazem, “chega o momento e não está lá”, considerando que, desta vez, “o Estado não estava lá”.

“O Chega assume que o Estado falhou e garante aos portugueses que quando puder vai fazer melhor”, enquanto “o primeiro-ministro não é capaz de perceber que o Estado falhou, olha para os portugueses com desprezo e diz que vai simplesmente continuar em frente”, salientou.

Ventura disse estar “farto de ver o país a arder”, argumentando que “todos os anos é a mesma coisa, há décadas que o país arde”, mas, repetidamente, diz-se que “se fez qualquer coisa mas fica tudo igual”.

“Nós, desta vez, não vamos deixar. Vamos obrigar a que se investigue até ao fim” para que se apure “quem é que está a lucrar” com os incêndios, acrescentou.

 

Últimas de Política Nacional

A recontagem dos votos para a Câmara Municipal de Lisboa, feita hoje em assembleia de apuramento geral, confirmou a eleição de um segundo vereador para o CHEGA.
O socialista Marco Costa, deputado municipal recém-empossado em Setúbal, foi detido pela polícia por suspeitas de roubo em plena via pública. O autarca, filho do antigo vereador Catarino Costa, deverá ser ouvido por um juiz para conhecer as medidas de coação.
O barómetro DN/Aximage mostra um duelo cada vez mais aceso pela liderança. Ventura sobe nas preferências e mostra que está pronto para disputar Belém até ao fim.
O candidato presidencial André Ventura reagiu com indignação às queixas apresentadas na Comissão Nacional de Eleições (CNE), considerando que está a ser alvo de uma tentativa de silenciamento e perseguição política.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, revelou esta sexta-feira no Parlamento que 154 bebés nasceram fora de unidades hospitalares em 2025, até ao momento.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, esteve esta sexta-feira no Parlamento para defender a proposta de Orçamento do Estado para 2026 na área da Saúde, mas acabou por enfrentar momentos tensos, sobretudo com o CHEGA a exigir responsabilidades políticas pelo caso trágico da morte de uma grávida no Hospital Amadora-Sintra.
O Governo vai cortar mais de 200 milhões em despesa com medicamentos e material de consumo clínico, segundo a nota explicativa do Orçamento do Estado para 2026, que prevê uma redução de 136 milhões nos bens e serviços.
O ministro da Presidência comprou à empresa do cunhado um imóvel em Lisboa pelo mesmo preço de 2018. O governante defende que “não houve qualquer preço de favor”.
André Ventura reforça a sua posição na corrida a Belém. Com 15,8% das intenções de voto, o líder do CHEGA ultrapassa Gouveia e Melo e aproxima-se do candidato apoiado pelo PSD, mostrando uma trajectória ascendente rumo a 2026.
'Outdoor' "Isto não é o Bangladesh" vandalizado apenas 24 horas após o decreto presidencial que marca as eleições para 18 de janeiro de 2026.