Já em relação a julho de 2025, o preço permaneceu “praticamente inalterado” sendo que, de acordo com a FAO, a queda dos cereais e laticínios compensou o aumento da carne, que atingiu “um máximo histórico”.
“A descida das cotações dos cereais e dos produtos lácteos compensou o aumento dos preços da carne, do açúcar e dos óleos vegetais”, explicou a organização, acrescentando que o indicador se manteve “praticamente inalterado” em relação a julho.
No entanto, os preços dos óleos vegetais aumentaram 1,4% e atingiram o seu nível mais alto em três anos.
O índice de preços da carne também aumentou 0,6% em agosto, “atingindo um novo máximo histórico, devido ao aumento dos preços internacionais da carne bovina, na sequência da forte procura nos Estados Unidos da América e da procura firme de importações por parte da China, que impulsionaram as cotações para exportação na Austrália e no Brasil, respetivamente”.
Na mesma linha, o preço do açúcar subiu ligeiramente 0,2% em relação a julho, após cinco meses consecutivos de quedas, principalmente devido à preocupação com a produção e o rendimento da cana no Brasil e ao aumento da procura mundial por importações.
Em contrapartida, o preço dos cereais diminuiu 0,8% neste mês, devido a colheitas mais abundantes de trigo na Rússia e na União Europeia (UE), além do aumento dos preços do milho e da descida dos preços de todos os tipos de arroz.
Além disso, a FAO reviu para cima a sua previsão de produção mundial de cereais em 2025, que atingiria um recorde histórico de 2.961 milhões de toneladas, 3,5% acima do nível do ano passado.
Por outro lado, a previsão para o comércio mundial de cereais para 2025/26 foi ajustada para cima, chegando a 493,4 milhões de toneladas, um aumento de 1,4% em relação ao ano anterior devido à forte procura por trigo.