O presidente do CHEGA, André Ventura, discursou hoje em Madrid, num evento organizado pelo partido espanhol Vox, onde iniciou a sua intervenção com um apelo ao combate ao socialismo em toda a Europa e à prisão do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez. Ventura manifestou ainda orgulho pelos acontecimentos recentes em Múrcia, no sul de Espanha.
“Continuaremos juntos a lutar pelo que acreditamos: uma Europa com menos imigração. Por isso quero dizer-vos, aqui em Espanha, sabendo que a imprensa europeia está presente, assim como a portuguesa, que aquilo que fizeram em Múrcia me enche de orgulho, um orgulho tremendo como europeu. Obrigado, obrigado, obrigado pelo que fizeram”, declarou.
O líder do CHEGA falava perante centenas de apoiantes reunidos num pavilhão em Madrid, onde defendeu uma “Europa de valores”.
“Não vamos patrocinar flotilhas para Gaza, nem permitir passeios em barcos enquanto fazem grandes festas em Ibiza, Menorca ou noutras ilhas espanholas. Isso não o faremos”, afirmou Ventura.
Em resposta a perguntas dos jornalistas no final do evento, André Ventura classificou a flotilha como “uma farsa, uma mentira e uma encenação”, acrescentando que viu “hoje mesmo mais imagens de festas a bordo desses barcos, partilhadas pelos próprios ativistas”.
“Francamente, gostava de perguntar: o que importa é que a festa decorra em Menorca, Ibiza ou Barcelona, ou que estas pessoas estejam a festejar quando deveriam estar solidárias com quem sofre em Gaza? Essa deveria ser a sua missão”, disse ainda.
Questionado sobre os incidentes em Torre Pacheco, no sul de Espanha, Ventura afirmou que tanto em Espanha como em Portugal existe “uma tolerância gigantesca com a criminalidade importada” e defendeu que “às vezes, as populações precisam de mostrar que não têm medo de bandos de delinquentes”.
“O que aconteceu em Múrcia foi importante para enviar uma mensagem clara a quem pretende vir para a Europa. A Europa foi, nas últimas décadas, um espaço de acolhimento, mas há um momento em que temos de dizer basta: quem vem deve cumprir regras, e quem não o fizer deve ser expulso”, sustentou.
Durante o evento, Ventura prestou também homenagem a Charlie Kirk, ativista ultraconservador norte-americano, assassinado na semana passada, referência feita igualmente por vários participantes no encontro.
“Morreu para nos defender, morreu por nós, pelos nossos valores e pela nossa identidade”, afirmou. Para Ventura, a morte de Kirk “mostrou até que ponto podem ser violentos e assassinos aqueles que defendem as ideias da esquerda”.
O encontro Europa Viva 25 foi organizado pelo partido Vox e reuniu representantes do movimento Patriotas pela Europa, uma aliança de partidos da direita radical que integra o terceiro maior grupo no Parlamento Europeu.