Preço do leite está a subir devido ao “aumento brutal” dos custos de produção

©D.R.

A Fenalac refere existir um “aumento brutal” dos custos de produção, o que justifica a subida de preço do leite e dos produtos lácteos, que no caso dos fertilizantes triplicou.

A subida do preço do leite e dos produtos lácteos, sobretudo desde 2022, deve-se ao “aumento brutal” dos custos de produção, que no caso dos fertilizantes triplicou, esclareceu a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenalac).

“Entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023, o preço médio do leite ao produtor no continente aumentou para 0,58 euros/litro, representando uma variação de 60% (0,21 euros/litro)”, indicou a Fenalac, justificando esta evolução com o “aumento brutal dos fatores de produção”.

Segundo a federação, os custos associados a rubricas como fertilizantes (200%), energia (60%) e alimentos para animais (58%), que representam cerca de 90% dos custos operacionais, têm “crescido exponencialmente”.

No entanto, a recuperação do preço do leite ao produtor iniciou-se em abril de 2022, “não obstante o crescimento dos custos de produção ter começado no princípio de 2021”.

A Fenalac saudou as recentes ações da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), mas lamentou que nada tenha sido feito durante os 10 anos em que os produtos lácteos estiveram a preços reduzidos, “denunciando o provável incumprimento da lei que proíbe vendas abaixo do preço de aquisição”.

Neste sentido, os produtores de leite querem que o Governo crie condições para atenuar os preços dos alimentos, mas recusam suportar os efeitos da guerra na Ucrânia e da inflação.

“Acreditamos que há ainda um caminho que deve ser percorrido de forma a mitigar os efeitos dos brutais aumentos dos custos de produção – os custos fixos associados à energia (gasóleo e eletricidade) e a isenção do IVA aplicável aos alimentos essenciais tal como sugere a Ordem dos Nutricionistas, que subscrevemos”, concluiu.

Últimas de Economia

Os reembolsos de IRS deverão reduzir-se em 1.167 milhões de euros em 2025 devido às alterações na retenção na fonte no ano passado, tendo um impacto positivo na receita fiscal, calcula o Conselho das Finanças Públicas (CFP).
O salário mínimo varia, nos 22 Estados-membros da União Europeia (UE) onde vigora, entre os 2.638 euros no Luxemburgo e os 551 euros na Bulgária, em 2025, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.
Os jovens que começaram a trabalhar em 2024 com uma retribuição acima do salário mínimo deixam de ser dependentes no IRS, pelo que 2025 será considerado o seu segundo ano de trabalho para efeitos de IRS Jovem.
As instituições financeiras devolveram 22 milhões de euros aos clientes bancários em 2024, na sequência de ações de inspeção realizadas pelo Banco de Portugal (BdP), dos quais 15,5 milhões de euros foram num único caso.
O prémio de produtividade máximo aos funcionários do fisco mantém-se, com a transferência para o Fundo de Estabilização Tributário de 5% das receitas da cobrança coerciva, segundo uma portaria hoje publicada.
O fim do congelamento das rendas foi a principal exigência dos proprietários de imóveis para o próximo Governo, de acordo com um inquérito realizado pela ALP - Associação Lisbonense de Proprietários.
Os preços da habitação aumentaram, no quarto trimestre de 2024, 4,2% na zona euro e 4,9% na União Europeia (UE), com Portugal a registar a terceira maior subida (11,6%), face ao período homólogo, divulga esta terça-feira o Eurostat.
O Tribunal de Contas Europeu (TCE) criticou hoje a “falta de transparência” na concessão de verbas da União Europeia (UE) às organizações não-governamentais (ONG), que totalizaram mais de sete mil milhões de euros entre 2021 e 2023.
Mais de um milhão de declarações de IRS foram submetidas no Portal das Finanças, uma semana após o início da campanha, segundo dos dados oficiais disponíveis.
O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) pagou 7.250 milhões de euros até abril, o que representa 33% da dotação e do montante contratado, segundo o relatório de monitorização.