Nova Zelândia preocupada com interferências estrangeiras e ataques cibernéticos

©NZSIS

Os serviços secretos da Nova Zelândia manifestaram na segunda-feira  preocupação com atos de interferência estrangeira e ciberataques contra o país.

Mais de um terço dos incidentes de segurança cibernética registados no ano passado partiram de piratas informáticos ligados a agências governamentais de outras nações, de acordo com dados oficiais.

A competição geoestratégica entre potências mundiais, incluindo na região Indo-Pacífico, está a afetar a Nova Zelândia e os interesses nacionais estão “sob ameaça”, disse hoje no parlamento o diretor-geral do gabinete de segurança da comunicação do Governo, Andrew Hampton.

“Alguns Estados perseguem com mais facilidade objetivos contrários à ordem internacional baseada em regras, incluindo através de meios informáticos maliciosos”, disse Hampton, sem mencionar diretamente a que países se referia.

Sem visar nenhum país em particular, o diretor-geral dos serviços secretos da Nova Zelândia, Phil McKee, disse, num discurso citado pela Radio New Zealand, que a interferência estrangeira e as atividades de espionagem têm o potencial para causar “danos significativos” ao país.

Em 2022, foram registados mais de 350 incidentes de ataques cibernéticos na Nova Zelândia, com pelo menos 118 (34%) ligados a piratas patrocinados por Estados estrangeiros, notou ainda Hampton.

Nos últimos meses, o país manifestou preocupação com a expansão da influência da China nas ilhas do Pacífico, especialmente na sequência do pacto de segurança assinado, em 2022, entre o gigante asiático e as Ilhas Salomão.

Os serviços de inteligência também relataram hoje que, no ano passado, desmantelaram três potenciais ataques terroristas, um deles ligado a um simpatizante do Estado Islâmico e dois a supremacistas brancos.

A Nova Zelândia, um país com baixos níveis de criminalidade, foi palco em 2019 de um massacre levado a cabo por um supremacista branco contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, que resultou em 51 mortos e 40 feridos, e de um ataque terrorista, em setembro de 2021, que fez seis feridos em Auckland.

Últimas do Mundo

O acordo de cessar-fogo no Líbano foi aprovado pelo Conselho de Ministros de Israel, revelou o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Barbara Slowik, chefe da polícia de Berlim, na Alemanha, aconselhou judeus e pessoas “abertamente gays” a esconder a sua identidade e a ter “mais cuidado” em “bairros árabes”, uma vez que alguns moradores são hostis e “têm simpatia por grupos terroristas”.
Um jovem russo a cumprir uma pena por ter alegadamente queimado o Corão foi condenado a 13 anos e meio de prisão por traição a favor da Ucrânia, anunciou hoje um tribunal regional russo.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou-se hoje favorável a uma mudança na estrutura militar do país, de forma a “reduzir a burocracia” e a facilitar a gestão das tropas envolvidas na guerra contra a Rússia.
O papa Francisco apelou hoje aos jovens do mundo para não se deixarem contagiar por a ânsia do reconhecimento ou o desejo de serem “estrelas por um dia” nas redes sociais, durante a missa.
Um suspeito foi morto e três polícias ficaram feridos num tiroteio ocorrido esta manhã perto da embaixada de Israel em Amã, capital da Jordânia, num incidente que as autoridades informaram estar controlado.
A Rússia avisou hoje a Coreia do Sul que o uso de armas fornecidas por Seul à Ucrânia para “matar cidadãos russos destruirá definitivamente” as relações entre os dois países.
Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, considera que se assiste nos últimos anos, sobretudo desde a chegada de Xi Jinping à presidência chinesa, a "uma certa vontade de acelerar o processo" de 'reunificação' de Macau à China.
O presidente eleito Donald Trump escolheu Russell Thurlow Vought, um dos 'arquitetos' do programa governamental ultraconservador Projeto 2025, para chefiar o Gabinete de Gestão e Orçamento do futuro Governo.
Os Estados-membros das Nações Unidas (ONU) adotaram hoje por consenso uma resolução que visa dar início a negociações formais para a criação de uma convenção sobre crimes contra a humanidade.