CHEGA afunda (ainda mais) Costa com irregularidades

A quantidade de casos em que o Governo tem estado envolvido e que já levaram à demissão de 13 governantes em apenas 9 meses, é verdadeiramente inédito na nossa democracia, sobretudo tratando-se de um governo de maioria.

Os casos de corrupção na política não se têm limitado apenas ao Governo mas também às autarquias, com a detenção, também esta semana, do Presidente da Câmara de Espinho do PS, Miguel Reis, e envolvendo igualmente o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Joaquim Pinto Moreira.

Soube-se ainda da demissão de um adjunto do gabinete do primeiro-ministro, Pedro Miguel Guimarães Ribeiro, por ter sido condenado num processo judicial a uma pena acessória de dois anos e nove meses sem poder exercer cargos públicos.

Os casos mais recentes, e que levaram à demissão da secretária de Estado do Tesouro e ex-administradora da TAP, Alexandra Reis, e da ex-secretária de Estado do Turismo Rita Marques, mereceram a mais firme condenação do CHEGA no debate desta semana na Assembleia da República sobre política geral.

André Ventura acusou a TAP de mentir “ao regulador financeiro na comunicação que fez dizendo que a ex-secretária de Estado saiu por vontade própria”.

Entre as críticas à atuação da administração da empresa, o líder do CHEGA referiu que “a indemnização foi paga sem autorização do Ministério das Finanças”, que “há cheques de 450 euros pagos a diretores para se deslocarem” e que são gastos “1,2 milhões de euros por mês por aviões avariados”.

“A responsabilidade da TAP é sua e do seu Governo”, defendeu, questionando o primeiro-ministro “como é que mantém a confiança nesta administração”.

“Como mantém a confiança numa administração que mente ao regulador, que mente aos portugueses, que mente ao seu ministro das Finanças, que mente a si e que é uma vergonha para nós todos, a sugar-nos dinheiro atrás de dinheiro, dos nossos impostos?”

André Ventura defendeu que “é tempo” de pôr “a administração da TAP onde ela deve estar, na rua”.

Na resposta, o primeiro-ministro disse que esta é uma “fase do processo de alienação total ou parcial da participação do Estado na TAP que é particularmente importante e, portanto, é útil e necessário que a empresa tenha a maior estabilidade possível”.

“São conhecidas as razões pelas quais houve a intervenção na TAP, e eu acho que a função do acionista Estado relativamente à administração não é substituir-se à administração nos atos da gestão do dia a dia, é avaliar resultados. Brevemente teremos as contas relativas ao ano passado, está a decorrer este processo e relativamente a atos de gestão isolados que possam ser danosos do interesse público ou que seja violadores das leis, há mecanismos próprios para agir relativamente a esses”, defendeu.

Já depois de ser conhecido que a ex-secretária de Estado do Turismo Rita Marques disse não ter condições para aceitar o convite da Fladgate Partnership, o presidente do CHEGA considerou que “do ponto de vista legal” a situação fica sanada uma vez que “não se chegará a consumar” mas alertou para a necessidade de serem criadas na lei “sanções eficazes para este tipo de situações”.

Segundo o André Ventura, o parlamento deve trabalhar “para evitar” situações como as de Rita Marques e deve fazê-lo “já na revisão constitucional”.

Em relação à notícia de que o namorado da secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, foi nomeado coordenador da Proteção Civil do Barreiro, o Chega anunciou que vai entregar um requerimento para ouvir no parlamento esta governante “para esclarecer se teve alguma intervenção nesta nomeação (…) mas também para explicar qual vai ser a forma de articulação nomeadamente com o Barreiro entre a secretaria de Estado e a coordenação da Proteção Civil no Barreiro”.

Questionado ainda sobre o pedido de demissão, também hoje conhecido, do assessor do primeiro-ministro Pedro Ribeiro depois de ter sido condenado num processo judicial, o líder do CHEGA apontou que o governo de Costa está “em degradação acelerada e acentuada” e que “são casos atrás de casos”.

Últimas de Política Nacional

André Ventura disparou contra PS e Governo, acusando-os de manter um Orçamento “incompetente” que continua a “sacar impostos” aos portugueses. O líder do CHEGA promete acabar com portagens, subir pensões e travar financiamentos que considera “absurdos”.
O Parlamento começa esta quinta-feira a debater e votar o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) na especialidade, numa maratona que se prolonga por cinco dias e culmina com a votação final global a 27 de novembro.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que a União Geral de Trabalhadores (UGT) está a ser "fortemente manipulada pelo PS" no âmbito das alterações à lei laboral propostas pelo Governo PSD/CDS-PP.
Uma nova sondagem da Aximage para o Folha Nacional confirma a reviravolta política que muitos antecipavam: André Ventura salta para a liderança das presidenciais e ultrapassa Gouveia e Melo.
A Assembleia Municipal de Oeiras rejeitou o voto de pesar apresentado pelo CHEGA pela morte do agente da Polícia Municipal Hugo Machado, de 34 anos, com o INOV, liderado por Isaltino Morais, a votar contra e todos os restantes partidos a abster-se.
O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que, se a greve geral de 11 de dezembro, convocada pela CGTP e pela UGT, avançar, é “culpa” da forma “atabalhoada” com que o Governo tratou a questão.
Cerca de cem delegados vão debater o futuro do SNS e definir o plano de ação da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) para os próximos três anos no congresso que decorre no sábado e domingo, em Viana do Castelo.
Portugal submeteu hoje à Comissão Europeia o oitavo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com a comprovação de 22 marcos e metas.
O candidato presidencial e Presidente do CHEGA, André Ventura, reafirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que o partido vai entregar no parlamento um voto de condenação ao discurso do Presidente de Angola, João Lourenço, proferido nas comemorações do 50.º aniversário da independência angolana.
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a suspensão imediata do Manual de Recomendações Técnicas Relativo ao Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas de Liberdade, aprovado em 2022.