E é evidente que as sondagens “valem o que valem” naquele momento. São indicadores momentâneos e devem ser lidos nessa circunstância. Mas há mais:
sondagens, como é óbvio, não são eleições, muito menos resultados finais em urna.
Contudo, na sondagem de quarta-feira, 25 de Janeiro, e nas vésperas de um Congresso do CHEGA, após uma maioria absoluta do dr. Costa, conseguida há meia dúzia de meses (que nem o PS percebeu como a alcançou), há vários pontos a assinalar.
1 – A maioria do dr. Costa não vale coisa nenhuma. Servirá apenas para continuar a bloquear o País e satisfazer as clientelas do cartão rosinha. A situação pornográfica da TAP é apenas uma entre muitas nos organismos do Estado e para alimentar a rapaziada na manjedoura dourada. A chatice dos diabos, como sabemos, é que o dr. Costa apenas cairá quando o próprio “decidir”.
A maioria foi um engano do eleitorado. E o eleitorado cobrará com juros. José Sócrates também teve uma maioria absoluta e de nada lhe valeu. Foi corrido pela realidade e tombou com estrondo.
2.2 – O PPD- PSD continua a “subir” e sem razão aparente, beneficiando, apenas, pelo que se percebe, da descida do PS. Se não regressarem as “guerras intestinas”, Montenegro poderá chegar a PM. É só uma questão de tempo. Montenegro não está interessado em ganhar eleições. Limita-se a aguardar o “pântano absoluto” e a derrota certa de Costa ou do seu sucessor. Também já se percebeu que tem vontade de alcançar o poder.
2.3 – O CHEGA representa, há vários meses, um caso de estudo. É o mais consistente na oposição e no crescimento em sondagens. Os 15%, obtidos nesta última, mostram que André Ventura está para ficar. Mas há mais. Não haverá Governo das “não-esquerdas” sem o CHEGA. Podem gostar muito, pouco ou nada da ideia. A chatice dos diabos é que a realidade está aí à vista de todos. E não há volta a dar!
2.4 – IL continua a crescer, como se fosse um balão das festas de aniversário da criançada. Quando menos se esperar, parece-me que rebentará. A confusão criada no passado fim-de-semana, em Lisboa, entre várias sensibilidades “liberais”, mostra a “consistência” da “coisa”. Ou há juízo, ou assistiremos a uma implosão.
2.5 – BE cresce um pouco. Mas depois do esvaziamento a que foi sujeito, estranho seria se não crescesse um pouco, recuperando alguns dos votos que entregou ao PS. A Catarina tem um desafio pela frente: como a agenda revolucionária já está toda aprovada pelo PS de Costa, o que faltará à rapaziada bloquista para mobilizar o eleitorado jovem, urbano e da “festança”?
2.6. – PCP igual a si próprio. Está reduzido à insignificância e assim continuará. Até ao desaparecimento final. Não há volta a dar. A demografia, por motivos óbvios, explica o resto.
2.7 – LIVRE, do dr. Tavares, aguarda uma OPA do PS, para garantir o lugar na AR.
2.8 – PAN, da menina Corte Real, apenas aguarda um abracinho do PS. Na falta do abracinho, dedicar-se-á às estufas.