EUA e Canadá detetam balão espião, Washington está seguro que é chinês

Os Estados Unidos e o Canadá detetaram um balão de vigilância a sobrevoar o espaço aéreo dos dois países, com Washington a afirmar estar muito seguro de que o aparelho é chinês.

O Pentágono decidiu não o abater devido ao risco de atingir pessoas no solo, informaram as autoridades norte-americanas na quinta-feira. O balão foi avistado no espaço aéreo norte-americano durante dois dias e a descoberta coloca uma tensão adicional nas relações EUA-China.

Um responsável da defesa disse aos jornalistas que os EUA estão “muito seguros” de que se trata de um balão chinês de alta altitude que se encontrava a sobrevoar locais sensíveis para recolher informações.

Um dos locais onde o balão foi visto foi Montana, onde se encontra um dos três campos de silos de mísseis nucleares.

O Pentágono afirmou que o Governo continua a seguir o rasto do balão e indicou que este “atualmente viaja a uma altitude bem acima do tráfego aéreo comercial e não representa uma ameaça militar ou física para as pessoas em terra”. E acrescentou que tem sido reportada uma atividade semelhante com balões nos últimos anos, garantindo que os EUA tomaram medidas para assegurar que não foram recolhidas informações sensíveis.

O incidente surge quando o secretário de Estado, Antony Blinken, se prepara para fazer a primeira viagem a Pequim.

Pouco depois das informações prestadas pelo Pentágono, o Canadá deu conta de um outro avistamento: “Os canadianos estão seguros e o Canadá está a tomar medidas para garantir a segurança do seu espaço aéreo, incluindo a monitorização de um potencial segundo incidente”, disse o Ministério da Defesa do Canadá em comunicado.

O Canadá não se referiu à China. “As agências de informação do Canadá estão a trabalhar com os parceiros norte-americanos e continuam a tomar todas as medidas necessárias para proteger as informações sensíveis do Canadá contra as ameaças dos serviços de informação estrangeiros”, acrescentou.

Últimas do Mundo

O Comité de Ministros do Conselho da Europa recebeu 20 novos casos de Portugal em 2024 para supervisão de execução de decisões do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, havendo casos pendentes há mais de cinco anos, incluindo urgentes.
O Centro Criptológico Nacional (CCN) espanhol admitiu ter gerido mais de 177 mil ciberataques em 2024, dos quais 382 foram considerados críticos, o que representa um crescimento de 64% face ao ano anterior.
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, ameaçou aplicar à Venezuela "sanções severas e crescentes", caso este país recuse um “fluxo consistente de voos de deportação” de venezuelanos dos Estados Unidos.
As deteções de drogas nas águas residuais na Europa apontam para um aumento dos consumos de cocaína, anfetaminas e sobretudo MDMA/ecstasy, com Lisboa como a cidade portuguesa em destaque, segundo um estudo hoje divulgado.
A Comissão Europeia vai apresentar hoje um novo livro branco para o setor da defesa com medidas para reforço da segurança da União Europeia, como colaboração na contratação pública e preferência para empresas e fornecedores do espaço comunitário.
A Comissão Europeia quer que os países da União Europeia (UE) comecem a trabalhar já para que a base industrial de defesa esteja pronta até 2030 e seja reforçada a segurança do bloco comunitário, disse hoje a presidente.
A Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol) advertiu hoje que a inteligência artificial (IA) está a impulsionar o crime organizado na UE à medida que se entrelaça com atividades de destabilização patrocinadas por determinados Estados.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que vai "aumentar e acelerar as encomendas" de caças Rafale para a força aérea francesa, no âmbito dos novos investimentos na defesa em resposta ao "ponto de viragem" geopolítico mundial.
Com as vias legais para chegar aos Estados Unidos cortadas, os grupos criminosos estão a lucrar com o contrabando de migrantes e redes sociais como o TikTok tornaram-se uma ferramenta essencial de divulgação.
Uma centena de empresas europeias solicitou à Comissão Europeia medidas para garantir a independência tecnológica dos Estados Unidos, como priorizar a própria indústria nos concursos públicos e criar novos fundos para impulsionar a competitividade do setor.