Credit Suisse anuncia prejuízos de 7,4 mil milhões de euros em 2022

O banco Credit Suisse anunciou hoje prejuízos de 7,3 mil milhões de francos suíços (7,4 mil milhões de euros) em 2022, acrescentando esperar uma “perda substancial” este ano devido aos custos de reestruturação.

Esta foi o maior prejuízo desde a crise financeira de 2008, quando o Credit Suisse sofreu um prejuízo de mais de oito mil milhões de francos suíços (8,1 mil milhões de euros).

Só no último trimestre de 2022, o segundo maior banco suíço registou retiradas de capital de 110,5 mil milhões de francos suíços (112 mil milhões de euros), disse a instituição, num comunicado à imprensa.

Num ano de contínuos abalos, o Credit Suisse anunciou, em novembro, a saída do então chefe de ‘compliance’, Rafael Lopez, substituído pela executiva Nita Patel, responsável pela identificação de riscos empresariais e legais para o banco.

Em janeiro de 2022, o então presidente do banco António Horta Osório demitiu-se após ter sido divulgado que não tinha respeitado uma quarentena durante a pandemia da covid-19. Em abril, o vice-presidente Severin Schwann deixou o banco e em julho, foi a vez de Thomas Gottstein, até ali CEO da instituição.

No último trimestre de 2022, o Credit Suisse registou um prejuízo de quase 1,4 mil milhões de francos suíços (1,42 mil milhões de euros), menor do que se temia. Analistas disseram à agência de notícias suíça AWP esperavam uma perda média de 1,44 mil milhões de francos suíços.

Em novembro, o banco emitiu um alerta de lucro sobre menor atividade nos mercados de capitais, grandes retiradas de depósitos de clientes e despesas de reestruturação, sendo que estas podem chegar a 1,6 mil milhões de francos suíços (1,6 mil milhões de euros) em 2023 e mil milhões em 2024.

Mergulhado numa grave crise financeira e de imagem, o Credit Suisse anunciou, também em novembro, uma redução da força de trabalho no equivalente a nove mil empregos a tempo inteiro, o equivalente a 17% do número total de funcionários, como parte do plano de reestruturação e recuperação.

O objetivo é reduzir o número de efetivos do banco, sediado em Zurique, de 52 mil posições equivalentes a tempo inteiro para 43 mil até 2025, de acordo com o plano de reestruturação, que também inclui aumentos de capital e uma completa transformação do problemático negócio de banca de investimento.

Últimas de Economia

Os Estados Unidos suspenderam as negociações de um acordo comercial com a Tailândia devido às tensões na fronteira com o Camboja, após Banguecoque suspender um entendimento de paz assinado em outubro com a mediação do Presidente norte-americano.
A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos nos hospitais subiu quase 15%, entre janeiro e setembro, de acordo com dados hoje publicados pelo Infarmed.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje que a taxa de inflação homóloga foi de 2,3% em outubro, menos 0,1 pontos percentuais do que a verificada em setembro.
O número de passageiros movimentados nos aeroportos nacionais aumentou 4,8% até setembro, face ao mesmo período de 2024, para 57,028 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O índice de volume de negócios nos serviços subiu 2,6% em setembro face ao mesmo mês de 2024, mas desacelerou 0,2 pontos percentuais relativamente a agosto, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O preço da carne de novilho não para de subir e já pesa no bolso dos portugueses. Em apenas dois anos, o quilo ficou 5 a 6 euros mais caro, um aumento de quase 100%, impulsionado pela guerra na Ucrânia e pela alta dos cereais que alimentam o gado.
As três maiores empresas do setor energético exigem a devolução de milhões de euros pagos ao Estado através da Contribuição Extraordinária sobre o Setor Energético (CESE), um imposto criado para financiar a redução da dívida tarifária e apoiar políticas ambientais, mas que, segundo o tribunal, foi aplicado de forma ilegal no setor do gás natural.
As exportações de bens aumentaram 14,3% e as importações subiram 9,4% em setembro, em termos homólogos, acumulando um crescimento de 1,9% e 6,5% desde o início do ano, divulgou hoje o INE.
O valor médio para arrendar um quarto em Lisboa ou no Porto ultrapassa metade do salário mínimo nacional. Perante a escalada dos preços e orçamentos familiares cada vez mais apertados, multiplicam-se as soluções alternativas de pousadas a conventos, para quem procura um teto a preços mais acessíveis.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende que Portugal deve optar por reduzir as isenções fiscais e melhorar a eficiência da despesa pública para manter o equilíbrio orçamental em 2026, devido ao impacto das descidas do IRS e IRC.