Mentes velhas matam Portugal

De que vale termos disponíveis os maiores fundos europeus de sempre, quando temos um dos mais incompetentes governos da história?! Há quem diga que é falta de sorte, mas eu acho que foi o maior engano da III República e há uma explicação: António Costa explorou o medo dos portugueses, de forma hábil e vil e isso deu-lhe frutos imediatos – a maioria absoluta! Mas lá está, como diz o ditado, queres conhecer uma pessoa dá-lhe poder ou, neste caso, queres conhecer o verdadeiro partido socialista, dá-lhes a maioria absoluta e os resultados estão à vista.

O país está mergulhado num caos profundo, desde a educação à saúde, passando pelos transportes, habitação, enfim, é quase inacreditável observar um governo em funções, tão disfuncional e, em simultâneo, com um Presidente da República tão alienado da realidade. Há todo um padrão de fim dos tempos que já se respira e se vive, como se de um filme de Charlie Chaplin se tratasse…a cena vai andando ao som da música e o absurdo é permanente.

A diferença é que Chaplin era um génio do entretenimento e da arte e António Costa, de arte, só mesmo a de enganar os portugueses. No maior alinhamento de astros possível, o partido socialista teve desde 2016 até à invasão da Ucrânia, uma conjuntura internacional que provavelmente nunca mais se repetirá.

Os juros da dívida chegaram a estar negativos, as Euribor idem, o BCE a comprar dívida portuguesa como ninguém e um ciclo económico globalmente muito favorável. E tudo isto com o turismo em Portugal a crescer, em média, cerca de 7.2% ao ano nos últimos 9 anos. E hoje a pergunta que se impõe é: como é que com tantos ventos favoráveis, continuamos com uma carga fiscal recorde de ano para ano? Pois é, a resposta é SOCIALISMO! Não houve uma única reforma profunda no nosso país. Os anos foram passando e não foi apresentada nenhuma visão estratégica, nenhuma intenção para futuro, nada! Andámos, literalmente, ao sabor do vento, sem aproveitar tudo o que tivemos na nossa mão e ao nosso dispor.

Mesmo agora, até com dinheiro “dado”, este governo não o consegue aplicar e colocar na economia ao serviço das pessoas e das empresas. A maioria dos fundos está a ir para tapar o buraco gigante que este executivo deixou, no que diz respeito ao investimento público, que foi dos mais baixos de sempre em democracia. Podíamos e devíamos estar a pensar num Portugal de futuro, com atração de empresas estratégicas e por consequência, atração de emprego altamente qualificado.

Podíamos e devíamos estar a pensar num Portugal de futuro, com um novo conceito de cidades mais sustentáveis e tecnológicas, que mantivessem as nossas tradições e que criassem novas dinâmicas, nomeadamente no interior profundo e desertificado do nosso país. Podíamos e devíamos estar a pensar num Portugal de futuro, onde os jovens se pudessem fixar, construir família, comprar casa e acreditar, num Portugal com uma fiscalidade altamente competitiva, arrojada e que acabasse com este sentimento que todos sentimos no dia a dia: o saque fiscal.

Podíamos e devíamos estar a pensar num Portugal de futuro, onde os mais idosos não tivessem medo de viver, pois muitos deles vão sobrevivendo com reformas que chegam a ser metade no salário mínimo búlgaro, que é o mais baixo da Europa.

Podíamos e devíamos estar a pensar num Portugal de futuro, onde os criminosos são de facto condenados da mesma maneira, sejam ricos ou pobres e com penas adequadas e justas, e não esta bandalheira que temos, em que criminosos ricos, maioritariamente, nunca chegam a ser condenados e outros têm penas que chegam a ser menos de metade de outros países europeus para os mesmos crimes.

Podíamos e devíamos estar a pensar num Portugal de futuro, de facto. Em jeito de conclusão, o que precisamos é de mentes novas que nada têm a ver com a idade física, mas sim com as conceções ideológicas, experiência de vida e amarras partidárias, que têm condenado o nosso Portugal à miséria e à morte.

Artigos do mesmo autor

Não existem publicações !