Distúrbios em manifestação contra revisão da lei das pensões em Paris

© D.R.

A manifestação de hoje contra a revisão da lei das aposentações em Paris foi marcada por fortes confrontos entre elementos violentos e a polícia e a destruição de mobiliário urbano e vitrinas de estabelecimentos comerciais.
Pessoas vestidas de preto e encapuzadas que seguiam algumas centenas de metros à frente da marcha convocada pelos sindicatos lançaram projéteis às forças da ordem, que responderam com granadas de gás lacrimogéneo, durante o percurso entre a praça da Bastilha e a Ópera, onde está previsto que termine o protesto.

Em alguns pontos do trajeto, atearam incêndios aproveitando o lixo acumulado nas ruas da capital francesa devido à greve de recolha, que já dura há mais de duas semanas, o que obrigou à intervenção dos bombeiros.

A meio da tarde, fontes policiais indicaram ter efetuado 14 detenções.

Em paralelo com estes distúrbios, o desfile sindical decorria de forma pacífica, com 800.000 participantes, segundo os primeiros números da Confederação Geral do Trabalho (CGT), o que, a confirmar-se, fará desta a maior concentração desde que, a 19 de janeiro, começaram os protestos contra a revisão da lei das reformas em França.

Como em Paris, também se registaram incidentes nas manifestações de outras cidades do país, como Rennes, Nantes, Bordéus e Lorient.

Os principais líderes sindicais demarcaram-se dos atos de violência e condenaram-nos, ao mesmo tempo que acusaram o Presidente da República, Emmanuel Macron, de se apoiar neles para descredibilizar a força das suas manifestações.

França vive a nona jornada de protestos contra uma lei que aumenta de 62 para 64 a idade mínima de reforma sem penalizações financeiras, que foi definitivamente aprovada na passada segunda-feira, ao serem chumbadas duas moções de censura ao Governo, uma delas por apenas nove votos.

Macron afirmou na quarta-feira esperar que a alteração à lei das reformas entre em vigor antes do final do ano, assim que receber a aprovação do Conselho Constitucional, ao passo que os sindicatos garantem que prosseguirão os protestos e as greves para obrigar o executivo, chefiado pela primeira-ministra Élisabeth Borne, a recuar e retirar o diploma.

Últimas do Mundo

Mais de 40% do território espanhol está num processo de degradação devido à atividade humana que pode conduzir a desertificação, segundo o primeiro "Atlas da Desertificação em Espanha", elaborado por cientistas de diversas universidades e publicado recentemente.
O número de vítimas das inundações e deslizamentos de terra que atingiram a Indonésia subiu para 1.003 mortos e 218 desaparecidos, anunciou hoje a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes.
Perante o colapso do sistema de asilo, o Governo britânico avançou com um método relâmpago: milhares de pedidos estão a ser aprovados sem entrevistas, apenas com base num questionário escrito. A oposição acusa Londres de “escancarar as portas” à imigração.
A cidade alemã de Salzgitter vai obrigar requerentes de asilo aptos para trabalhar a aceitar tarefas comunitárias, sob pena de cortes nas prestações sociais.
O homem que enganou Espanha, desviou dinheiro público e fugiu à Justiça acabou capturado em Olhão. Natalio Grueso, condenado por um esquema milionário de peculato e falsificação, vivia discretamente no Algarve desde que desapareceu em 2023.
O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros - a maioria dos quais chineses - e 12 membros da tripulação.
A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação à gigante tecnológica Google por suspeitar de violação da lei da União Europeia (UE), que proíbe abuso de posição dominante, ao impor "condições injustas" nos conteúdos de inteligência artificial (IA).
A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).
Ministério Público holandês está a pedir penas que podem chegar aos 25 anos de prisão para um pai e dois filhos acusados de assassinarem Ryan Al Najjar, uma jovem síria de 18 anos que, segundo a acusação, foi morta por se recusar a seguir as regras tradicionais impostas pela própria família.
Cada vez mais portugueses procuram a Arábia Saudita, onde a comunidade ainda é pequena, mas que está a crescer cerca de 25% todos os anos, disse à Lusa o embaixador português em Riade.