Trabalhadores do grupo EDP protestam em Lisboa por aumento de salários

© Fiequimetal

Uma centena de trabalhadores do grupo EDP, hoje concentrados junto à sede da empresa, em Lisboa, no dia da assembleia-geral de acionistas, manifestaram-se contra a distribuição de “mais de 800 milhões de euros” de dividendos, reivindicando aumentos salariais

Presente no protesto, o coordenador da Fiequemetal, Rogério Silva, afirmou que esta “é mais uma greve”, advertindo que na assembleia-geral da EDP vão ser “servidos de bandeja” aos acionistas mais de “800 milhões de euros em dividendos”.

Trata-se de uma empresa que no ano passado “teve 1.170 milhões de euros de resultados líquidos” e tem ao seu serviço, para além dos trabalhadores da EDP, mais de 3.000 outros trabalhadores com vínculo precário, alguns deles há mais de 20 anos que são a “voz e a cara” EDP, defendeu.

Os trabalhadores concentrados junto da sede da EDP, na Avenida 24 de Julho, em Lisboa, exigem aumentos salariais de 150 euros, para “fazer frente à brutal subida do custo de vida” e a valorização das profissões e melhoria da progressão na carreira.

Além disso, reivindicam o direito à pré-reforma e “a uma reforma digna”, bem como à melhoria dos sistemas de saúde.

Para a Fiequemetal, o “teto de 5,1%” serve “para a empresa ganhar mais uns milhões, com a redução do IRC”.

A federação sindical afirmou à Lusa que a adesão à greve de hoje tem sido “elevadíssima” nos centros de contacto e nas lojas.

 

 

Últimas de Economia

A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.
O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
O Banco Central Europeu (BCE) considerou que dez bancos importantes da zona euro tinham em 2025 provisões insuficientes para cobrir os riscos de exposições a crédito malparado, menos oito bancos que na revisão supervisora de 2024.
A Comissão Europeia decidiu hoje impor limites a importações de produtos de ligas de ferro (ferroligas) pela União Europeia (UE), como medida de proteção desta indústria.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) exigiu hoje o reforço urgente da segurança, após recentes disparos contra serviços de finanças da Grande Lisboa, durante a madrugada, e alertou para o agravamento do clima de segurança nos trabalhadores.
O Ministério Público realizou buscas de grande escala na TAP para investigar suspeitas de corrupção e burla na privatização feita em 2015. O caso, reaberto com novos indícios da Inspeção-Geral de Finanças, ameaça reacender uma das maiores polémicas da empresa.
Nos primeiros nove meses do ano, foram comunicados ao Ministério do Trabalho 414 despedimentos coletivos, mais 60 face aos 354 registados em igual período de 2024, segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai solicitar mais informações aos bancos sobre os ativos de garantia que permitem mais financiamento.
A economia portuguesa vai crescer 1,9% em 2025 e 2,2% em 2026, prevê a Comissão Europeia, revendo em alta a estimativa para este ano e mantendo a projeção do próximo.
A Comissão Europeia prevê que Portugal vai registar um saldo orçamental nulo este ano e um défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, segundo as projeções divulgadas hoje, mais pessimistas do que as do Governo.