SERVIRÁ A UCRÂNIA DE EXEMPLO?

As Forças Armadas (FA) são decisivas em qualquer conflito. Refiro-me à importância e à degradação das nossas que, desde abril de 1974, foram abandonadas à sua sorte como alvo de uma campanha que visou não só uma redução necessária tais as forças existentes na altura, mas a um retrocesso técnico assinalável. E foi drástico, irresponsável e jamais entendível o caminho e os objetivos traçados com tal atitude. Resumindo, os sucessivos governos instaurados desde a revolução de abril, deram completamente cabo de uma sociedade castrense que parecendo inserida na sociedade em geral, foi alvo tolerante e incauto de uma separação entre civis e militares. Como se uns fossem necessários e outros, só de vez em quando como aliás pensam os inúmeros teóricos nacionais que vivem, tal como nós, num mundo em constante rápida e nova mudança.

Que as FA são decisivas, ninguém parece ter dúvidas. Mas a sua importância sempre esteve dependente do sistema científico. E se antigamente essa dependência aparecia já como uma necessidade óbvia e que fazia a diferença entre o sucesso e a derrota entre as forças em conflito, hoje é fator decisivo e nunca negligenciável. Por aqui, a aproximação entre as FA e o sistema científico não existe. E daí a incompreendida guerra da Ucrânia onde a resistência de um povo heroico deve ao seu sistema científico decisiva parte do seu sucesso. Bom era que estudássemos a fundo este conflito e aprendêssemos algo com o mesmo. Algo que nos protegesse no futuro.

Por cá, a sociedade civil está completamente desorganizada e os portugueses conhecem cada vez menos as suas FA. No cerne da questão está o sentimento de autoflagelação sempre tão presente por de entre os cidadãos e a comunicação social que há muito deixou de ser rigorosa e se transformou, para nossa maior desgraça, em espetacular.

Precisamos de formação aprofundada e que deve ter sempre em conta o conhecimento científico, as atitudes e os comportamentos. Precisamos de saber encontrar os valores. De escolas e agrupamentos fortes e de exigência que é hoje, por si só, o calcanhar de Aquiles da nossa educação. E precisamos de que essa exigência comece em casa.

Seria o serviço militar obrigatório a solução (SMO)? Acabar com ele foi o golpe mortal que afastou de vez as sociedades civil e castrense. Que cada vez mais se afastaram e parecem viver em países diferentes. Como se tal não incomodasse as almas. E como o nome parece incomodar diria que, num primeiro passo para uma solução inteligente, estaria o encontrar de um instrumento que substitua o SMO.  Dêem-lhe outro nome se quiserem, mas não atrasem cada vez mais PORTUGAL.   

Em 25 de abril de 1997 passados que foram 23 anos sobre a revolução, gente preocupada com a falta de lembrança do povo sobre a data, resolveu mandar erigir um monumento em memória da abrilada. E onde? Bem no alto do Parque Eduardo VII. 

Definido o local, marco de excelência e um ex-libris de Lisboa, foram atrás de João Cutileiro, talvez por ter pertencido ao partido comunista e em má hora, adjudicaram-lhe a obra. Não indicaram nem a responsabilidade da mesma, nem o que deveria representar, muito menos o seu sentido e o enquadramento na parte superior do Parque Eduardo VII onde sobressaem a sumptuosidade das colunas de Keil do Amaral. Esqueceram-se ainda de o informar sobre o que, em termos de responsabilidade, poderia representar um monumento que ferisse a grandiosidade dum Parque na parte cimeira de Lisboa, bem no topo da Avenida da Liberdade. 

Sem saber o que fazer e claramente impressionado com a grandiosidade do cenário, João Cutileiro deve ter pensado: “Ou faço uma coisa como deve ser o que vai ser difícil tendo em conta o meu jeito para estas coisas, ou faço um “mamarracho” qualquer, não digo o que é e ponho a intelectualidade cá do burgo a pensar e a descrever a obra. 

Dito e feito saiu “aquilo” e o dito escultor lá veio dizer que “não vinha falar sobre a obra e que deixaria a sua interpretação para o conceito que cada um tem sobre o 25 e sobre a arte.” 

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