As greves parciais dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa anunciadas para os dias 18, 23 e 30 de maio foram suspensas, anunciaram hoje os sindicatos e a empresa após uma reunião.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Machado, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), justificou a suspensa da greve com “passos significativos” que foram dados na negociação com o Metro de Lisboa.
“Deram-se passos significativos na própria negociação, tendo existido alguns compromissos com as matérias que estavam em cima da mesa”, afirmou.
Por seu lado, num comunicado, o Metropolitano de Lisboa “informa que as greves agendadas para os dias 18, 23 e 30 de maio foram suspensas, após um esforço de diálogo muito significativo efetuado quer pelo Metropolitano de Lisboa, quer pelas associações sindicais”.
A greve parcial que estava agendada para quinta-feira previa a paralisação de serviços das 06:30 até às 09:00, com a retoma do funcionamento normal do metro pelas 10:00.
As greves previstas para os restantes dias estavam planeadas nos mesmos moldes.
No comunicado hoje divulgado, o Metropolitano de Lisboa indicou que, com a suspensão da greve, o metro vai funcionar como habitualmente, com o início dos trabalhos às 06:30.
A empresa comprometeu-se ainda a dar continuidade à “procura de soluções conjuntas de melhoria das condições de trabalho e de remuneração” na empresa.
Em 15 de maio, a FECTRANS anunciou a greve parcial por falta de entendimento com a administração no processo negocial sobre o acordo da empresa.
Numa reunião, no mesmo dia, os sindicatos representativos dos trabalhadores entregaram outros dois pré-avisos de greve, um para 23 e outro para 30 de maio, que seriam também parciais.
Os sindicatos representativos dos trabalhadores são o STRUP (Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal), que está afeto à FECTRANS, o STTM (Sindicato dos Trabalhadores da Tração do Metropolitano de Lisboa), o SINDEM (Sindicato da Manutenção do Metropolitano), o SITRA (Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes), o SITESE (Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços) e o STMETRO (Sindicato dos Trabalhadores do Metropolitano de Lisboa).