“Adesão expressiva” à greve no Hospital de Vila Franca de Xira

© Câmara Municipal de Azambuja

A adesão à greve no turno da manhã no Hospital de Vila Franca de Xira rondou os 80% nos enfermeiros e 95% nos auxiliares, de acordo com os sindicatos, enquanto a administração admitiu uma “adesão expressiva”.
Os trabalhadores em greve aos turnos da manhã estiveram concentrados em frente ao hospital até final da manhã exigindo a contratação urgente de profissionais, as 35 horas de horário semanal e a igualdade de direitos.

A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) e o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas (STFPSSRA) e marcada para o dia em que se assinala dois anos de gestão EPE (Entidades Públicas Empresariais), depois do fim da parceria público-privada.

À Lusa, Isabel Barbosa, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, avançou que a adesão à greve rondou os 80% nos enfermeiros, tendo sido mais afetados os serviços de internamento, urgência e bloco.

A sindicalista adiantou também que, em relação aos auxiliares, a adesão à greve foi de 95%.

Por seu turno, fonte da administração do Hospital de Vila Franca, avançou à Lusa que a greve teve “uma adesão expressiva, sendo os serviços mais afetados o Bloco Operatório, o serviço de Imagiologia e os Exames Especiais”.

Segundo a mesma fonte, a greve dos trabalhadores “deriva da reivindicação dos profissionais de adesão ao horário das 35 horas semanais”, relembrando que o Hospital de Vila Franca de Xira, EPE tem o “processo fechado, encontrando-se a aguardar a devida autorização do Ministério das Finanças para a implementação deste mesmo horário”.

Ainda de acordo com a mesma fonte, os grupos profissionais com maior adesão à greve foram profissionais de enfermagem, assistentes técnicos e assistentes operacionais.

“A atividade médica, que não depende destes grupos profissionais, está a decorrer com normalidade”, disse a mesma fonte, sublinhado que os utentes afetados pela greve vão ser remarcados para novas datas.

Os trabalhadores do Hospital de Vila Franca de Xira pretendem a regulamentação dos horários de trabalho, aplicando as 35 horas de trabalho por semana, incluindo para as novas contratações, além do efetivo pagamento de todas as horas/turnos extraordinários.

Como reivindicações surge também o direito à progressão na carreira e a harmonização de direitos tendo por base a legislação que vigora nas restantes instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os trabalhadores pedem com urgência que o Conselho de Administração do Hospital Vila Franca de Xira e o Ministério da Saúde subscrevam os Instrumentos de Regulamentação Coletiva com o SEP e o STFPSSRA “no sentido de considerar a mesma legislação aplicada às restantes EPE [empresas públicas dotadas de personalidade jurídica com autonomia administrativa e financeira] do país, com o objetivo da harmonização de direitos”.

De acordo com os sindicatos, a carência de profissionais nestes hospitais é uma realidade que provocou “a redução do número de profissionais por turno, a realização de trabalho extraordinário programado e não programado e elevados ritmos de trabalho, levando à exaustão destes trabalhadores”.

“É fundamental criar condições de trabalho para atrair e fixar trabalhadores, nomeadamente tempos de descanso adequados e a contabilização de todos os anos de serviço para efeitos de progressão”, pode ler-se numa nota conjunta dos sindicatos.

Em dezembro, os enfermeiros, auxiliares e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica do Hospital de Vila Franca de Xira já estiveram em greve para exigir a contratação de mais profissionais, horários de 35 horas semanais, “a harmonização de direitos tendo por base a legislação que vigora nas restantes instituições do Serviço Nacional de Saúde” e o “direito à progressão na carreira”.

Últimas do País

O Instituto Nacional de Emergência Médica registou este ano 28 intoxicações por monóxido de carbono, mais 10 do que em todo o ano de 2024, e alertou, esta quinta-feira, para os riscos de braseiras, esquentadores e fogões em locais com pouca ventilação.
A idade da reforma deverá subir para os 66 anos e 11 meses em 2027, um aumento de dois meses face ao valor estabelecido para 2026, segundo os cálculos com base nos dados provisórios divulgados hoje pelo INE.
O número de pedidos para indemnizações por abusos sexuais na Igreja Católica aumentou para 93, disse hoje a coordenadora do Grupo VITA.
O Estado está a ser ultrapassado dentro da sua própria casa: cerca de 300 fogos públicos foram tomados ilegalmente e o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) admite não ter mãos a medir. Lisboa lidera o caos, os despejos duplicam e a vigilância é impossível num património espalhado por 493 bairros.
O presidente da associação de médicos tarefeiros, que hoje se reuniu com o Ministério da Saúde, prevê entregar à tutela até ao final do ano as suas propostas para disciplinar a prestação de serviços nos hospitais públicos.
A Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) avalia os quase dois anos de expansão das Unidades Locais de Saúde (ULS) como “acidentados” num país onde as assimetrias criaram integração de cuidados “muito diferente nos vários locais”.
Elementos do Departamento de Investigação Criminal (DIC) da PSP do Porto terminaram ao início desta manhã de realizar buscas a “várias residências dos Super Dragões no distrito do Porto, avançou fonte da PSP do Porto.
A Polícia Judiciária está a realizar hoje buscas na Câmara Municipal de Coruche, no distrito de Santarém, confirmou à Lusa a força de segurança, sem revelar mais pormenores sobre a operação.
No último dia de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2026, a proposta do CHEGA foi aprovada com votos a favor do PSD e CDS-PP, votos contra de PS, PCP, BE, Livre e PAN e abstenção da IL.
O parlamento aprovou hoje duas propostas de alteração do CHEGA sobre a construção de autoestradas, em Coimbra e Castelo Branco, bem como uma iniciativa para o lançamento da obra do IC6 em Seia.