Paulo Macedo lamenta falta de mão-de-obra e é contra semana de 4 dias

© CGD

O presidente executivo da CGD, Paulo Macedo, alertou hoje para a falta de mão-de-obra nas empresas e manifestou-se contra a discussão nesta altura da aplicação da semana de quatro dias de trabalho, face aos indicadores demográficos.
“Não há uma alternativa em termos demográficos, vamos ter de jogar, no sentido de políticas públicas que sejam concretizáveis e que resultem em consequência para a nossa demografia que é uma das maiores ameaças”, defendeu.

“Independentemente de todo o valor que têm teorias como as semanas de quatro dias, o que é que é isso para um país como o nosso em que a demografia cai a pique”, questionou ainda Paulo Macedo, durante a sua intervenção no “Encontro Fora da Caixa “2023: Alentejo: A economia da Cultura como elemento de promoção regional”, que está a decorrer em Elvas (Portalegre).

Para o responsável da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que se apoiou durante a sua intervenção em dados fornecidos por várias entidades, o país precisa de resolver as questões relacionadas com a demografia, para poder discutir, depois, outros cenários, tais como as semanas de quatro dias de trabalho.

“Precisamos de resolver as questões demográficas para podermos ter todo o tipo de discussões que depois possam daí advir e que possam estar certas, mas que de certeza não podem estar certas quando a população vai escasseando e rareando”, defendeu.

Observando que a falta de mão-de-obra é um dos principais problemas que as empresas enfrentam, Paulo Macedo defendeu também que uma das “armas” para combater as questões relacionadas com a demografia passa por acolher “mais imigrantes, para permitir o crescimento económico”.

“Temos o maior nível de emprego dos últimos anos, mas temos uma falta de mão-de-obra qualificada e não qualificada. Nós, antes, referíamos sempre a mão-de-obra qualificada como sendo mais escassa, hoje em dia referimos as duas”, disse.

“Nós precisamos claramente de mais imigrantes para virem para Portugal, para permitir o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e satisfazer as necessidades das empresas, mas também um cenário que é relativamente ao aumento da esperança de vida”, acrescentou.

No decorrer da sua intervenção, Paulo Macedo analisou também dados relativos ao investimento público no país, considerando que “está assim mais ou menos”, acrescentando que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “não avança suficientemente”.

Últimas de Economia

O excedente da balança comercial de bens externa da zona euro abrandou para os 16,4 mil milhões de euros em novembro de 2024, face a 18,2 mil milhões de euros no período homólogo, divulga hoje o Eurostat.
Os novos créditos ao consumo somaram 714,7 milhões de euros em novembro passado, uma subida de 5,7% em termos homólogos mas menos 6% face a outubro, anunciou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu em alta a previsão da procura mundial de petróleo no último trimestre de 2024, principalmente porque o início do inverno foi mais frio em muitas regiões do hemisfério norte, mas não teme problemas de escassez.
O cofundador e presidente do gigante chinês do comércio eletrónico Alibaba, Joe Tsai, advertiu hoje, em Hong Kong, que as empresas chinesas enfrentam o ambiente geopolítico mais adverso das últimas décadas.
O grupo aéreo IAG manifestou ao Governo português interesse numa participação maioritária na TAP ao longo do tempo, caso avance para a compra, uma decisão que vai depender das condições impostas pelo Estado.
As rendas das casas não param de subir e o valor médio pago por metro quadrado subiu quase 7% ao longo do ano passado, tratando-se do maior aumento dos últimos 30 anos, de acordo com dados divulgados na segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No global, a inflação recuou para 2,4%, depois dos 4,3% registados em 2023.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) recebeu 800 pedidos de clientes para créditos à habitação com garantia pública, disse o banco público hoje no parlamento.
O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse hoje, no Parlamento, que o banco público não vai fechar qualquer agência em 2025 e 2026 e que a prioridade é dar meios aos clientes para a inclusão digital.
Os proveitos totais e os proveitos de aposento do alojamento turístico aumentaram 11,0% até novembro, em termos homólogos, para 6.355,6 e 4.905,6 milhões de euros, respetivamente, sobretudo impulsionados pelas dormidas de não residentes.
A EDP anunciou hoje a emissão de dívida 'verde' sénior no montante de 750 milhões de euros, com vencimento em julho de 2031 e cupão de 3,5%, segundo um comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).