Banco de Portugal alerta para entidades a usar o seu nome para enganar clientes

O Banco de Portugal alertou hoje que o seu nome e imagem estão a ser utilizados indevidamente por entidades ilegítimas para exigirem pagamentos, enganando clientes bancários.

Em comunicado hoje divulgado, o regulador e supervisor bancário disse que “tem tomado conhecimento de situações em que cidadãos são contactados por entidades que reclamam o pagamento de quantias associadas a ‘responsabilidades de serviços, a título de ‘impostos pendentes'”, usando essas entidades documentos com o seu nome e imagem para provar a existência das dívida e levar as pessoas a pagarem os valores pedidos.

O Banco de Portugal lembra que não presta serviços bancários comerciais a clientes particulares ou empresas, pelo que não concede créditos ou aceita depósitos nem cobra comissões de serviços comerciais.

“Por conseguinte, o Banco de Portugal aconselha as pessoas a não entrarem em contacto com eventuais promotores dessas atividades ou transações que utilizem indevidamente o nome e o logótipo do Banco de Portugal. O Banco também aconselha as pessoas a não enviarem dinheiro, nem fornecerem informação bancária ou relativa a cartões de crédito a quem declare que representa o Banco de Portugal ou que afirme ter uma relação bancária com o mesmo”, lê-se no comunicado.

O Banco de Portugal diz que os clientes bancários, antes de contratar qualquer empréstimo ou pagarem qualquer valor, devem verificar, “cuidadosamente, a legitimidade das entidades financiadoras”, estando disponível no seu ‘site’ a lista das entidades que podem exercer atividade financeira em Portugal.

Por nesses esquemas serem aparentemente usados dados da Central de Responsabilidades de Crédito, lembra o BdP que essa base de dados apenas pode ser consultada pelo titular dos dados ou por quem tenha autorização e não por qualquer entidade.

O Banco de Portugal pede ainda que aos clientes que tenham recebido documentação duvidosa que o contactem para info@bportugal.pt.

Últimas de Economia

A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.
O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
O Banco Central Europeu (BCE) considerou que dez bancos importantes da zona euro tinham em 2025 provisões insuficientes para cobrir os riscos de exposições a crédito malparado, menos oito bancos que na revisão supervisora de 2024.
A Comissão Europeia decidiu hoje impor limites a importações de produtos de ligas de ferro (ferroligas) pela União Europeia (UE), como medida de proteção desta indústria.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) exigiu hoje o reforço urgente da segurança, após recentes disparos contra serviços de finanças da Grande Lisboa, durante a madrugada, e alertou para o agravamento do clima de segurança nos trabalhadores.
O Ministério Público realizou buscas de grande escala na TAP para investigar suspeitas de corrupção e burla na privatização feita em 2015. O caso, reaberto com novos indícios da Inspeção-Geral de Finanças, ameaça reacender uma das maiores polémicas da empresa.
Nos primeiros nove meses do ano, foram comunicados ao Ministério do Trabalho 414 despedimentos coletivos, mais 60 face aos 354 registados em igual período de 2024, segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai solicitar mais informações aos bancos sobre os ativos de garantia que permitem mais financiamento.
A economia portuguesa vai crescer 1,9% em 2025 e 2,2% em 2026, prevê a Comissão Europeia, revendo em alta a estimativa para este ano e mantendo a projeção do próximo.
A Comissão Europeia prevê que Portugal vai registar um saldo orçamental nulo este ano e um défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, segundo as projeções divulgadas hoje, mais pessimistas do que as do Governo.