O Presidente russo Vladimir Putin assinou hoje um decreto destinado a promover um grande desfile naval em São Petersburgo no próximo domingo por ocasião do Dia da Marinha russa.
A parada, à qual previsivelmente assistirá o líder do Kremlin e vários dirigentes africanos que participam na Cimeira Rússia-Àfrica, será concluída com uma salva de artilharia, informaram as autoridades.
Tradicionalmente, a parada naval decorre nas águas do rio Neva, cujo caudal e profundidade permite a navegação de navios de grande calado, e no golfo da Finlândia.
Nos últimos dias, os habitantes da antiga capital imperial já puderam observar nas águas do Neva vários navios de guerra e submarinos.
Com o objetivo de converter a Rússia num império e intensificar a competição com diversas potências da época, o czar russo Pedro o Grande ordenou em 1696 a construção de uma frota com base em São Petersburgo, fundada no início do século XVIII.
A Marinha russa participa ativamente na guerra na Ucrânia, cujo território tem sido bombardeado com mísseis lançados de navios estacionados no mar Negro e no mar Cáspio.
Recentemente, a Rússia decidiu bloquear os portos do mar Negro após suspender a sua participação na iniciativa patrocinada pela ONU e Turquia sobre a exportação de cereais.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição a Moscovo de sanções políticas e económicas.