“No total, a diminuição no número de colocações no segundo trimestre deste ano, face ao mesmo período do ano anterior foi de -1,5% (103.152 em 2022, contra 101.634 em 2023)”, indicam a APESPE-RH – Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e Recursos Humanos e o ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.
Apesar do crescimento em relação a 2021 (92.854 colocações) e 2020 (64.088 colocações), os valores calculados no segundo trimestre deste ano “estão ainda 11% abaixo das colocações registadas no segundo trimestre de 2019 (114.150 colocações)”, adiantam.
As principais conclusões apresentadas mostram ainda que se regista um decréscimo nas colocações de trabalho temporário no segundo trimestre deste ano, face ao mesmo período de 2022, com diminuição de menos 342 pessoas em abril (-1%); 422 pessoas em maio (-1,2%) e 754 pessoas em junho (-2,2%).
Quanto ao Índice do Trabalho Temporário (Índice TT), que tinha estabilizado desde novembro de 2022, voltou a registar um decréscimo gradual desde o início do ano, tendo-se fixado em 0,99 em abril e maio e 0,98 em junho, sendo que estes valores são inferiores ao índice verificado nos meses homólogos do ano anterior.
Relativamente à caracterização dos trabalhadores temporários, verifica-se uma ligeira diminuição da contratação de trabalhadoras do género feminino em maio (45%) e junho (44%), em relação a 45,5% em abril.
Ao nível da distribuição etária, entre 27% a 28% dos colocados tinham idade média acima dos 40 anos, no segundo trimestre deste ano.
O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (59% a 60% no segundo trimestre do ano), com as colocações do ensino secundário (entre 33% a 34%) a ocuparem o segundo lugar.
As pessoas com licenciatura, por sua vez, correspondem a cerca de 6% das colocações.