OPEP prevê aumento contínuo da procura de petróleo até 2045

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) espera um aumento contínuo na procura mundial de petróleo até 2045, segundo novas projeções, publicadas hoje, que contrariam os esforços para limitar o aquecimento global.

© D.R.

No seu relatório de 2023 sobre as perspetivas de procura mundial de petróleo, a OPEP espera ver a procura atingir 116 milhões de barris por dia até 2045, de acordo com um cenário de referência, o que representa 16,5% mais do que em 2022.

Os números representam também um aumento de seis milhões de barris por dia em relação à anterior estimativa, do ano passado (109,8 milhões de barris diários).

O secretário-geral do cartel, Haitham Al Ghais, afirmou que a procura “tem potencial para ser ainda maior”.

“O mundo continuará a necessitar de utilizar todas as energias, incluindo o petróleo e o gás, durante muitos anos e décadas”, declarou o dirigente ao apresentar o relatório aos membros da organização.

Segundo a OPEP, a procura mundial será impulsionada por países que não são membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) com a Índia como principal motor, prevendo-se que na organização decline a partir de 2025.

Para a OPEP, esta procura só poderá ser satisfeita à custa de investimentos petrolíferos até 2045 estimados em 14 biliões de dólares (13,27 biliões de euros), ou seja, uma média de cerca de 610 mil milhões de dólares por ano.

“É vital que sejam realizados, é benéfico para produtores e consumidores”, considerou Haitham Al Ghais no relatório de 298 páginas divulgado a oito semanas do início da conferência da ONU sobre o clima, COP28, no Dubai.

“Os apelos para parar os investimentos em novos projetos estão equivocados e podem levar ao caos energético”, segundo Haitham Al Ghais, que contraria o cenário previsto pela Agência Internacional de Energia (AIE) para permitir que o mundo alcance a neutralidade carbónica até 2050.

Em 2021, a AIE, uma agência ligada à OCDE, surpreendeu o mundo e irritou os países produtores de petróleo, ao apelar ao abandono de todos os novos projetos de exploração de hidrocarbonetos.

No entanto, a OPEP estudou dois outros cenários, incluindo um com mais energias renováveis e uma queda na procura de petróleo e um outro com um maior crescimento económico e menos coordenação nas políticas climáticas que resultaria num aumento em relação ao cenário de referência.

Últimas de Economia

A Comissão Europeia autorizou a comercialização de um medicamento para o tratamento da depressão pós-parto, depois de uma avaliação positiva da Agência Europeia do Medicamento (EMA), foi hoje anunciado.
O Tribunal de Contas (TdC) julgou improcedente o recurso da Câmara de Idanha-a-Nova sobre a recusa do visto ao contrato para a criação de um cartão de saúde, porque a aprovação não passou pela assembleia municipal.
Os viticultores do Douro que queiram aceder ao apoio de 50 cêntimos por quilo de uva a destilar têm que submeter as candidaturas até 25 de setembro, segundo uma portaria publicada hoje em Diário da República (DR).
Em causa estava a interpretação do artigo 251.º do Código do Trabalho, que define os dias de ausência a que o trabalhador tem direito em caso de luto: o STEC defendia que o cálculo devia abranger apenas dias úteis, enquanto a CGD sempre contabilizou dias consecutivos de calendário, incluindo fins de semana e feriados.
A agência de notação financeira Fitch subiu esta sexta-feira o 'rating' de Portugal de A- para A, com 'outlook' (perspetiva) estável, anunciou, em comunicado.
O movimento de passageiros nos aeroportos portugueses cresceu 4,9% de janeiro a julho, em relação ao mesmo período do ano passado, mostram dados divulgados hoje pelo INE.
A Autoridade Tributária (AT) devolveu, em 2024, 86 milhões de euros em IVA a turistas oriundos de países terceiros, nomeadamente cidadãos de fora da União Europeia (UE), no âmbito do regime ‘tax-free’.
No relatório "Reformas da Política Fiscal", a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) resume a trajetória das medidas fiscais introduzidas ou anunciadas pelos governos de 86 jurisdições em 2024, olhando para a realidade dos países da organização e de algumas economias "parceiras".
O objetivo destes empréstimos, disse o grupo BEI, é reduzir a fatura de energia e aumentar a competitividade das pequenas e médias empresas (PME).
A agricultura portuguesa pode perder até 510 milhões de euros anuais devido à redução da produtividade e ao aumento de custos, com a decisão de Bruxelas proibir o uso de algumas substâncias ativas, revelou um estudo hoje divulgado.