Exército reafirma culpa da Jihad Islâmica pela explosão em hospital e garante ter provas

O Exército de Israel insistiu hoje, "após verificação cuidadosa”, que a explosão no hospital de Gaza, que provocou centenas de mortos, não foi causada por fogo israelita mas por foguetes da Jihad Islâmica, que negou estas acusações.

© Facebook Israel Reports

“Temos informações suficientes agora, demorámos, mas temos que dizer a verdade e não foram os ataques israelitas que atingiram o hospital”, sublinhou o porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, em conferência de imprensa, após a “verificação cuidadosa dos sistemas de vigilância”.

“Forneceremos provas das nossas afirmações nas próximas horas”, acrescentou.

Daniel Hagari referiu que “no momento dos disparos” Israel não estava “a realizar nenhuma operação aérea perto do hospital”.

“Os foguetes que atingiram o edifício não correspondiam aos nossos”, frisou, acrescentando que o Exército também irá fornecer “conversas em árabe que indicam que foi a Jihad Islâmica”.

A Jihad Islâmica é outra organização islâmica armada presente na Faixa de Gaza, que também é alvo de bombardeios israelitas no território palestiniano na guerra entre Israel e o Hamas que deixou milhares de mortos em 10 dias.

Esta organização descreveu hoje, em comunicado, como mentiras as acusações feitas por Israel: “Como sempre, o inimigo sionista está a tentar, através da fabricação de mentiras, fugir à responsabilidade pelo massacre brutal que cometeu ao bombardear o hospital e apontar o dedo à Jihad Islâmica”.

“Afirmamos que essas acusações são falsas e infundadas”, vincou.

O anúncio do ataque a este hospital onde muitos habitantes de Gaza se refugiaram para escapar aos bombardeamentos israelitas provocou reações contra o Estado judeu em todo o mundo.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, divulgou esta terça-feira que pelo menos 500 pessoas foram mortas num ataque que atribuiu a Israel.

A Igreja Episcopal de Jerusalém, que administra o hospital atingido, condenou um ataque brutal ocorrido “durante os ataques israelitas”, denunciando um “crime contra a humanidade”.

A guerra eclodiu após um ataque sangrento de comandos do Hamas em solo israelita em 07 de outubro.

Os ataques retaliatórios israelitas na Faixa de Gaza mataram cerca de 3.000 pessoas, a maioria civis palestinos, segundo as autoridades locais.

Mais de 1.400 pessoas foram mortas em Israel, a maioria delas civis mortos no dia do ataque, o mais mortal desde a criação do Estado de Israel.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já tinha culpado os “terroristas bárbaros de Gaza” pelo ataque ao hospital.

“Que o mundo inteiro saiba: os terroristas bárbaros de Gaza são os únicos que atacaram o hospital em Gaza, não o Exército [israelita]”, destacou o governante em comunicado.

“Aqueles que mataram brutalmente os nossos filhos estão a matar os seus próprios filhos”, acrescentou.

Últimas do Mundo

Centenas de banhistas parisienses deram hoje um mergulho no Sena pela primeira vez desde 1923, o culminar de uma limpeza do icónico rio da capital francesa que começou com os Jogos Olímpicos de 2024.
A Polónia vai destacar cinco mil militares para os controlos fronteiriços com a Alemanha e a Lituânia, a partir de segunda-feira até pelo menos até 5 de agosto, anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A ilha italiana da Sicília vai acolher o primeiro centro de formação para pilotos de caças F-35 fora dos Estados Unidos, anunciou hoje o ministro da Defesa de Itália, Guido Crosetto.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.