Inteligência artificial generativa pode ter impacto de 15.000 milhões de euros em Portugal

A inteligência artificial (IA) generativa "poderá aumentar a dimensão da economia portuguesa em 15.000 milhões de euros", o equivalente a 6% do Produto Interno Bruto (PIB), revela um estudo da Public First encomendado pela Google hoje divulgado.

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De acordo com o relatório, a IA generativa (capaz de gerar texto, imagens e vídeo) “poderá aumentar a dimensão da economia portuguesa em 15.000 milhões de euros (ou o equivalente a 8% do Valor Acrescentado Bruto ou 6% do Produto Interno Bruto) e poupar, em média, mais de 80 horas por ano a cada trabalhador — o equivalente a duas semanas de trabalho”.

Além disso, “ao ajudar todos em Portugal a concentrarem-se em tarefas mais produtivas e criativas, a IA pode acelerar o crescimento económico e, por sua vez, trazer progressos nos desafios sociais”,lê-se no comento.

O estudo da Public First “mostra que 86% dos trabalhadores em Portugal pensam que as ferramentas generativas de IA irão ajudá-los a ser mais produtivos, sendo que este valor sobe para 91% por parte dos trabalhadores de escritório”.

A implementação da IA nas empresas “para ajudar na monitorização preventiva dos riscos e na melhoria das competências dos trabalhadores em matéria de cibersegurança, Portugal poderia mitigar 690 milhões de euros de riscos de cibersegurança”, conclui o estudo.

Sobre a pesquisa e os anúncios da Google, o relatório aponta que estas ferramentas “apoiaram em 400 milhões de euros” as exportações para a economia portuguesa no último ano”, estimando-se ainda que os serviços da tecnológica “estão a produzir uma melhoria de 11.600 milhões de euros na produtividade dos trabalhadores”.

No total, aponta o estudo, “a Google contribuiu para a criação de mais de 86.000 empregos locais no ano passado em empresas terceirizadas”.

De acordo com o relatório, em Portugal “83% das pessoas dizem apoiar a utilização de ferramentas de IA para ajudar as pessoas/governos a reduzir os riscos que enfrentam devido a fenómenos meteorológicos extremos, por exemplo, incêndios florestais, inundações, ondas de calor”, entre outros, com 80% a defender esta ferramenta para reduzir as emissões de carbono através da gestão da utilização de energia.

Mais de metade (58%) apoiam o uso de IA para eliminar tarefas monótonas no trabalho e dois terços para as ajudar a fazer escolhas mais sustentáveis em termos ambientais.

“Desde 2016, formámos mais de 135.000 pessoas em Portugal em competências digitais através do Atelier Digital e trabalhámos com a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) para disponibilizar dois milhões de euros em créditos para investigações em IA”, refere a a Google, que acrescenta que distribuiu “6.000 certificados profissionais, em colaboração com a APDC, em cursos como UX, IT Support, project management, e outros”.

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