Governo cria grupo de trabalho para avaliar inclusão da travessia fluvial do Sado no passe Navegante

O Governo vai criar um grupo de trabalho para avaliar a possibilidade de incluir a travessia fluvial Setúbal/Troia no passe Navegante, revelou hoje o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins (CDU).

© D.R.

“O senhor ministro [João Galamba] decidiu constituir este grupo de trabalho, com representantes do Estado, do Governo e das autarquias, para encontrar as soluções jurídicas e financeiras”, disse André Martins, após uma reunião com o ministro das Infraestruturas, João Galamba, em que também participaram o presidente da Câmara de Grândola, Figueira Mendes, e a chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vítor Proença.

“Parece haver interesse e empenhamento do senhor ministro João Galamba para alcançarmos um acordo que permita acabar com a atual situação”, acrescentou o autarca setubalense.

Os presidentes das câmaras de Setúbal, Alcácer do Sal e Grândola defendem a inclusão da travessia fluvial Setúbal/Troia no passe Navegante, por considerarem que os preços praticados pela empresa concessionária, a Atlantic Ferries, são muito elevados, prejudicam as atividades económicas da região e as pessoas que todos os dias necessitam de atravessar o rio Sado.

No que respeita a eventuais encargos do eventual alargamento do passe Navegante à travessia do Sado, o presidente da Câmara de Setúbal defende que o Estado deve assumir uma componente financeira deste processo.

“Há aqui uma componente financeira que deve ser o Estado a assumir. Em todos os contratos de transportes públicos o Estado assume uma comparticipação financeira. Também aqui tem de ser avaliada qual é a comparticipação financeira do Estado neste processo, que, a meu ver, poderá ser feita entre o Estado e a AML [Área Metropolitana de Lisboa], em condições que terão de ser vistas no seu conjunto”, disse.

Segundo André Martins, a concessão da travessia fluvial do Sado atribuída pela Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) à empresa Atlantic Ferries, do grupo Sonae, “não está de acordo com o quadro legal atual, porque a APSS não é uma entidade competente para esse efeito”.

Por outro lado, o autarca setubalense afirma que a “APSS não tem qualquer intervenção na fixação de preços” das viagens entre as duas margens do Sado, que têm custos muito elevados e que, ao longo dos anos, afastaram milhares de setubalenses e pessoas de outros concelhos da Península de Setúbal que frequentavam as praias de Troia.

Segundo revelou à agência Lusa fonte oficial da APSS, o contrato de concessão com a empresa Atlantic Ferries, que assegura o transporte fluvial de passageiros e viaturas entre Setúbal e Troia, foi assinado em 14 de fevereiro de 2005, por um período de 15 anos, tendo sido já prorrogado por cinco anos, o que significa que a concessão é válida, pelo menos, até fevereiro de 2025.

A Atlantic Ferries cobra atualmente 8,80 euros por uma viagem de ida e volta por passageiro transportado nos ‘catamarans’.

No que respeita aos ‘ferryboats’, cada viatura, com condutor incluído, paga 39,20 euros por uma viagem de ida e volta, mas se o veículo, além do condutor, transportar mais três passageiros, o custo da viagem de ida e volta sobe para 67,60 euros.

Na Área Metropolitana de Lisboa, o passe Navegante permite utilizar os modos de transporte dos 18 municípios da AML por 40 euros.

Últimas do País

A investigação, que envolveu 900 jovens da Área Metropolitana de Lisboa com idade média de 15 anos, identificou fatores familiares e psicológicos como principais riscos associados a este sofrimento silencioso.
O Ministério Público defendeu hoje que se "vai bater" por dar como provados os factos que constam da acusação da Operação Marquês, tendo as defesas contrariado nas exposições introdutórias os crimes imputadas e pedido a absolvição dos arguidos.
Os gastos das famílias com saúde aumentaram 5% em 2023, impulsionadas pelo crescimento das despesas em hospitais, consultórios e nas clínicas privadas, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O coletivo de juízas do processo Operação Marquês recusou o requerimento da defesa do ex-primeiro-ministro José Sócrates para suspender o julgamento que começou esta manhã.
O ex-primeiro-ministro José Sócrates foi hoje recebido no Campus de Justiça, em Lisboa, por várias dezenas de jornalistas, que aguardavam a chegada dos advogados e arguidos que começam hoje a ser julgados no âmbito da Operação Marquês.
O futebolista português Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão, de 26, morreram esta madrugada num acidente de viação na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.
O cidadão espanhol acusado da morte e desmembramento do cadáver do namorado, num crime ocorrido no bairro da Lapa, em Lisboa, há pouco mais de um ano, foi hoje condenado a 25 anos de prisão.
O Tribunal Judicial de Leiria vai julgar seis homens por alegados crimes de associação criminosa e tráfico de droga agravado, num processo em que foram apreendidos nove milhões de euros de cocaína dissimulada em caixas de banana.
A Autoridade Marítima Nacional (AMN) detetou nos areais da zona do Seixal detritos resultantes de um derrame de combustível, tendo restringido o acesso da população às zonas onde seja visível o poluente na água ou na areia.
Os guardas prisionais têm insistido que a falta de efetivos compromete a segurança dos estabelecimentos prisionais.