Centenas de manifestantes contra aumento do IUC em buzinão do CHEGA

Centenas de pessoas manifestaram-se hoje em Lisboa contra o aumento do Imposto Único de Circulação (IUC) para veículos anteriores a 2007, num buzinão convocado pelo CHEGA, que acusa o Governo de "dar com uma mão e tirar com a outra".

© Folha Nacional

“O IUC acaba por ser simbólico neste orçamento [de Estado para 2024], porque é tudo aquilo o contrário do que o Governo disse que ia fazer. Prometeu proteger aqueles que têm menos, que têm sido sacrificados nos últimos anos, e vai sacrificar aqueles que têm carros mais antigos, que é precisamente os que têm tido mais dificuldades”, comentou o presidente do CHEGA, André Ventura, durante o protesto.

Manifestantes buzinavam em carros estacionados no interior da rotunda do Marquês do Pombal, enquanto algumas centenas protestavam, empunhando bandeiras do CHEGA e gritando “Está na hora, está na hora, de o Costa ir embora”.

Num palco, via-se um cartaz com a cara do ministro das Finanças, Fernando Medina, rodeado de notas de cem euros, e a mensagem “IUC a aumentar e o povo a pagar”.

“Temos um aumento para todos os veículos, na casa dos três por cento, e depois temos um aumento brutal para veículos anteriores a 2007”, criticou Ventura, acrescentando: “Ninguém escapa a este aumento do IUC”.

“Quando olhamos para este orçamento, percebemos que na verdade o Governo quis dizer que baixava um bocadinho o IRS para depois aumentar todos os impostos transversais”, disse o líder do CHEGA, acusando o executivo socialista de “roubo e vigarice”.

Com o PS com maioria absoluta no parlamento, afirmou, o partido tem de se fazer ouvir “na rua”.

“Estas ações vão repetir-se em vários pontos do país enquanto o Governo não compreender que não pode dar com uma mão e tirar com a outra. Espero que [o primeiro-ministro] António Costa perceba isso”, prometeu André Ventura.

O primeiro-ministro anunciou no parlamento que em 2024 e 2025 haverá um travão que limita o aumento do IUC a um máximo a 25 euros, acusando a oposição de querer assustar os portugueses com o imposto.

Em causa está uma medida prevista no OE2024 que altera as regras de tributação, em sede de IUC, para os veículos da categoria A de matrícula anterior a 2007 e motociclos (categoria E), determinando que estes deixem de ser tributados apenas com base na cilindrada (como sucede atualmente), passando a ser considerada a componente ambiental.

O OE2024 foi já aprovado na generalidade, com votos a favor de PS e abstenções de PAN e Livre, e está a decorrer a discussão na especialidade, terminando a 14 de novembro o prazo para os partidos entregarem propostas de alteração ao documento do Governo.

Últimas de Política Nacional

No voto antecipado realizado a 5 de outubro, foi identificado um erro num dos boletins referentes à eleição da Assembleia de Freguesia de São Domingos de Benfica: o nome do partido CHEGA surgia sem o quadrado onde os eleitores deveriam assinalar a sua opção de voto.
Fernando Ferreira Marques (PSD) adjudicou por ajuste direto um contrato de prestação de serviços jurídicos à sociedade Marques Batista & Associados. Esta firma foi fundada por Joana Marques Batista, que integra o executivo da Junta, assumindo o pelouro jurídico e exercendo funções como vogal-secretária.
O CHEGA foi o partido que mais cresceu nas Autárquicas 2025, conquistando 13 juntas de freguesia em várias regiões do país. As vitórias estendem-se do Algarve à Madeira, incluindo freguesias populosas como a Quinta do Conde.
Alguns presidentes de câmara eleitos, este domingo, têm processos e investigações criminais em curso.
Com 19,1% das intenções de voto, André Ventura está a menos de três pontos do primeiro lugar, num empate técnico com Gouveia e Melo e Marques Mendes. A sondagem da Intercampus mostra que o líder do CHEGA é um dos favoritos à Presidência.
O CHEGA venceu, pela primeira vez, em três Câmaras Municipais: São Vicente (Madeira), Entroncamento (Santarém) e Albufeira (Faro). Com 11,72% dos votos, tornou-se a terceira maior força política nas autárquicas de 2025.
O líder do CHEGA, André Ventura, afirmou hoje que a única meta que o partido pode ter é vencer as eleições autárquicas de domingo, mas indicou que vai aguardar "humildemente" pelos resultados.
O CHEGA propõe uma fiscalização apertada sobre investimentos estrangeiros em território nacional, particularmente os oriundos de países islâmicos. Para André Ventura, trata-se de uma medida necessária para proteger a identidade nacional e os valores europeus face a influências externas consideradas incompatíveis.
O presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que é preciso paz no Médio Oriente, mas sem "aceitar a chantagem de terroristas", e um acordo de cessar-fogo deve prever a libertação de reféns.
O Presidente do CHEGA acusou ontem o primeiro-ministro de ter antecipado a entrega do Orçamento do Estado para "desviar atenções" do caso Spinumviva e pediu-lhe que governe para o país e não para eleições.