Kiev força russos a recuar três a oito quilómetros na margem esquerda do Dnieper

O Exército ucraniano afirmou hoje que forçou os russos a recuarem "três a oito quilómetros" na margem esquerda do rio Dnieper, ocupada pelo Exército de Moscovo, a primeira estimativa quantificada do avanço das tropas de Kiev nesta zona.

© Facebook de President Volodymyr Zelensky

“Os números preliminares variam entre três e oito quilómetros, dependendo das características específicas, da geografia e da topografia da margem esquerda”, disse a porta-voz do Exército, Natalia Goumeniouk, à televisão ucraniana, segundo noticia a agência France-Presse (AFP).

Se este avanço se confirmar, será a maior investida do Exército ucraniano contra os russos desde há vários meses.

No entanto, Natalia Goumeniouk não disse se as forças ucranianas controlavam totalmente esta zona da região de Kherson (sul) ou se o exército russo se tinha retirado perante a investida das tropas de Kiev.

“O inimigo continua a disparar artilharia na margem direita”, disse, estimando o número de soldados russos na zona em “várias dezenas de milhares”.

“Temos muito trabalho a fazer”, continuou a porta-voz do Exército ucraniano.

Lançada em junho passado, a contraofensiva tão ansiosamente aguardada por Kiev e pelos seus aliados ocidentais falhou, permitindo ao Exército ucraniano retomar apenas um punhado de aldeias no sul e no leste.

O último grande êxito reivindicado pela Ucrânia na sua contraofensiva foi a reconquista da aldeia de Robotyné, em agosto, na região meridional de Zaporijjia.

Kiev esperava que esta recaptura lhe permitisse romper as linhas russas e libertar as áreas ocupadas, mas o Exército ucraniano foi incapaz de o fazer face ao poder de fogo russo e às sólidas linhas de defesa.

A tomada de posições em profundidade na margem esquerda do Dnieper poderia permitir um assalto maior a sul. Mas para que isso aconteça, a Ucrânia tem de conseguir colocar um grande número de homens, veículos e equipamento nesta zona de difícil acesso, arenosa e pantanosa.

A AFP não está em condições de confirmar ou desmentir as afirmações das partes beligerantes.

Últimas do Mundo

A ilha italiana da Sicília vai acolher o primeiro centro de formação para pilotos de caças F-35 fora dos Estados Unidos, anunciou hoje o ministro da Defesa de Itália, Guido Crosetto.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.
A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.