Mais de meio milhão de europeus querem que UE endureça medidas para combater pedofilia na internet

A Justice Initiative vai entregar, na próxima quarta-feira, uma petição com mais de 540.000 assinaturas exigindo às instituições europeias que obriguem os provedores das redes sociais a trabalharem ativamente para combater a pedofilia.

© D.R.

De acordo com a petição, que tinha até às 15:55 locais (14:55 em Lisboa), um total de 541.497 assinaturas de cidadãos da União Europeia (UE), os 27 têm de compreender que “o abuso sexual de crianças tem acabar já”.

Os peticionários querem que as instituições da UE (Comissão Europeia, Parlamento Europeu e Conselho Europeu) obriguem os provedores de serviços online, especialmente as redes sociais a “prevenirem, detetarem e denunciarem abuso sexual de menores a ocorrer nas suas plataformas, e a removerem esse conteúdo”.

Esta obrigatoriedade, acrescentaram na informação disponibilizada, tem de constar no Regulamento para Prevenir e Combater o Abuso Sexual de Menores, proposto pela Comissão em maio do ano passado.

Os peticionários também querem que seja criado o Centro da UE para a prevenção deste crime que facilite a assistência às vítimas em todos os Estados-membros, assim como a inclusão na diretiva de 2011, que vai ser revista, obrigações para os 27 países da UE, nomeadamente mecanismos eficazes para identificar vítimas de abusos sexuais e rapidamente retirá-las dessa situação.

De acordo com a informação enviada à Lusa, em 2022 houve 32 milhões de denúncias de suspeitas de abusos sexuais em todo o mundo: “Por causa da escalada deste problema, os cidadãos da Europa querem uma proteção compreensiva para as crianças na internet”.

A petição será entregue numa altura em que as instituições estão a discutir uma reforma na legislação europeia para melhor responder a este problema crescente e para tentar eliminar obstáculos, como os conflitos com a legislação sobre proteção de dados.

A entrega vai ser feita durante a tarde de quarta-feira, no Parlamento Europeu, e a comissária europeia para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, que tem advogado para a necessidade de resolver este problema, também vai estar presente.

Últimas do Mundo

O primeiro sinal de fumo do conclave papal deverá sair da Capela Sistina a partir das 19:00 de quarta-feira (18:00 hora de Portugal continental), anunciou hoje o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
Os jovens do Reino Unido entre 11 e 19 anos com problemas de saúde mental declararam passar mais tempo nas redes sociais do que os que não têm problemas, segundo um estudo divulgado hoje na revista Nature Human Behavior.
O número de reclusos na União Europeia (UE) teve, em 2023, um aumento anual de 3,2%, com a taxa de ocupação média das prisões abaixo de 100%, divulgou hoje o Eurostat.
O tráfego aéreo de passageiros na Europa avançou 4,3% no primeiro trimestre face ao período homólogo de 2024 e já está 3,2% acima dos níveis pré-pandemia, anunciou hoje a divisão europeia do Airports Council International (ACI Europe).
As autoridades espanholas detetaram uma terceira perda de geração de eletricidade no sul do país 19 segundos antes do apagão da semana passada, revelou hoje a ministra com a tutela da energia, Sara Aagasen.
O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro anunciou que terá alta hospitalar hoje, depois de três semanas internado após uma operação para desobstruir o intestino.
Várias pessoas ficaram feridas depois de um carro ter abalroado hoje uma multidão em Estugarda, no sudoeste da Alemanha, indicaram os serviços de emergência locais.
Um adolescente de 16 anos foi detido como suspeito do homicídio de três pessoas, num tiroteio na terça-feira, em Uppsala, a cerca de 60 quilómetros a norte de Estocolmo, noticiou hoje a imprensa internacional.
Um número estimado em 93,3 milhões de pessoas na União Europeia (UE), o equivalente a 21% da população, estava, em 2024, em risco de pobreza ou exclusão social, divulga hoje o Eurostat.
As autoridades espanholas investigam a causa de cinco mortes no país na segunda-feira que podem estar relacionadas com o apagão na Península Ibérica, disseram hoje várias fontes oficiais.