Açores? CHEGA diz que partido está “pronto” para eleições antecipadas

O líder do CHEGA/Açores disse hoje que não ficou surpreendido com a decisão do Presidente da República, que marcou eleições regionais antecipadas para 04 de fevereiro, e assegurou que o partido está pronto para ir a votos.

© Folha Nacional

“Não é nada que nos surpreendesse. Já tínhamos percebido, mais ou menos, que seria nesta data. Até a nível pessoal é curioso, porque é o dia do meu aniversário. Se calhar vou ter uma boa prenda neste dia”, afirmou José Pacheco à agência Lusa.

Em relação ao partido, o deputado e dirigente do CHEGA nos Açores garantiu que está “tudo pacífico”.

“Estamos prontos. Estamos a trabalhar. Vamos estar prontos para eleições”, acrescentou, ressalvando que “qualquer data iria servir” para as eleições regionais antecipadas, já que o partido não tem uma agenda escondida.

“Eu sei que há partidos que têm feito disto algum drama, mas é preciso é perguntar a estes partidos se não há uma agenda escondida? Nós cá não temos agenda nenhuma”, referiu.

José Pacheco notou que a data de 04 de fevereiro irá obrigar os partidos a preparar listas na época festiva do Natal, mas gracejou que “quem anda nisto” tem que trabalhar “seja em que dia for”.

“Para os açorianos, se calhar, também não é mau, porque não ficamos em ‘banho-maria’ muito mais tempo. Resolvemos imediatamente. Há um novo Governo, toma posse e os Açores têm que andar para a frente. Nós não podemos continuar a marcar passo”, afirmou.

José Pacheco, que vai ser o cabeça de lista do CHEGA, disse também que gostaria que o partido elegesse “pelo menos, três deputados”, mas a julgar por aquilo que lhe dizem na rua poderá “ter muitos mais”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou hoje a dissolução da Assembleia Legislativa Regional dos Açores e marcou eleições regionais antecipadas para 04 de fevereiro de 2024, decisão que obteve parecer favorável de Conselho de Estado.

De acordo com uma nota divulgada no ‘site’ da Presidência da República, o Conselho de Estado, ouvido hoje, “deu parecer favorável, por unanimidade dos votantes” à dissolução.

Antes, em 30 de novembro, o chefe de Estado ouviu os partidos representados no parlamento açoriano, na sequência do chumbo do orçamento regional para 2024.

As eleições regionais nos Açores irão realizar-se cinco semanas antes das legislativas antecipadas anunciadas para 10 de março do próximo ano.

O executivo chefiado por José Manuel Bolieiro deixou de ter apoio parlamentar maioritário desde que um dos dois deputados eleitos pelo CHEGA se tornou independente e o deputado da Iniciativa Liberal rompeu com o acordo de incidência parlamentar, em março.

O Governo de coligação PSD/CDS-PP/PPM manteve um acordo de incidência parlamentar com o agora deputado único do CHEGA no parlamento açoriano.

Nas regionais de 25 de outubro de 2020, o PS perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos na Assembleia Legislativa Regional, apesar de continuar o partido mais votado, elegendo 25 deputados em 57. O BE elegeu dois deputados, o PAN um, enquanto a CDU não conseguiu nenhum eleito.

À direita, o PSD elegeu 21 deputados, o CDS-PP três, o CHEGA dois — um dos quais se tornou entretanto independente — o PPM também dois e a Iniciativa Liberal um, que formaram uma maioria que entretanto se desfez.

Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas (São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Flores e Corvo) e um círculo regional de compensação, reunindo os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

 

Últimas de Política Nacional

André Ventura deixou um recado direto ao país: Portugal deve condenar a Rússia, mas não enviará jovens portugueses para morrer na Ucrânia. O candidato presidencial exige clareza dos líderes políticos e garante que, se for eleito, evitará qualquer participação militar portuguesa no conflito.
O debate presidencial entre André Ventura e António José Seguro foi o mais visto da semana, superando largamente todos os restantes. No extremo oposto, o duelo entre Gouveia e Melo e João Cotrim de Figueiredo ficou no fundo da tabela, com a pior audiência registada.
André Ventura, presidente do CHEGA, marcou as comemorações do 25 de Novembro, defendendo o legado dos militares que travaram a deriva extremista e reafirmando que Portugal deve celebrar quem garantiu a liberdade e não quem tentou destruí-la.
O antigo Presidente da República Ramalho Eanes considerou hoje “historicamente oportuna a decisão política e militar de rememorar o 25 de Novembro”, salientando que não se trata de celebrar a data mas dignificar a instituição militar e a nação.
O vereador do CHEGA na Câmara de Braga, Filipe Aguiar, pediu hoje uma "atuação firme" do município perante denúncias que apontam para a passagem de cerca de meia centena de atestados de residência para um T3 na cidade.
O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, anunciou hoje que o seu partido vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2026 na votação final global, agendada para quinta-feira.
O CHEGA voltou a bater de frente com o Governo após o novo chumbo ao aumento das pensões. O partido acusa o Executivo de “asfixiar quem trabalhou uma vida inteira” enquanto se refugia na “desculpa eterna do défice”.
O Ministério Público instaurou um inquérito depois de uma denúncia para um “aumento inexplicável” do número de eleitores inscritos na Freguesia de Guiães, em Vila Real, que passou de 576 inscritos nas legislativas para 660 nas autárquicas.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reconheceu hoje que foram identificadas sete escutas em que o ex-primeiro-ministro era interveniente e que não foram comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça "por razões técnicas diversas".
Com uma carreira dedicada à medicina e ao Serviço Nacional de Saúde, o Prof. Horácio Costa traz agora a sua experiência para a política. Médico desde 1978, especialista em Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Estética, fundador do único serviço europeu com três acreditações EBOPRAS e professor catedrático, Costa assume o papel de ministro-sombra da Saúde pelo CHEGA com a mesma dedicação que sempre marcou a sua carreira. Nesta entrevista ao Folha Nacional, o Prof. Horácio Costa fala sobre os principais desafios do SNS, a falta de profissionais de saúde, a reorganização das urgências e a valorização dos trabalhadores.