Telavive garante que guerra contra Hamas vai continuar “com ou sem apoio internacional”

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Eli Cohen, garantiu hoje que a guerra contra o Hamas continuará "com ou sem apoio internacional", depois de o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ter admitido divergências com os Estados Unidos da América (EUA).

© Facebook de Eli Cohen

“Israel continuará a guerra contra o Hamas com ou sem apoio internacional. Um cessar-fogo na fase atual é um presente para a organização terrorista Hamas e permitirá que esta regresse e ameace os residentes de Israel”, disse Cohen.

Estas palavras do chefe da diplomacia israelita surgem depois de, na terça-feira, o Presidente norte-americano, Joe Biden, ter avisado que o Governo de Israel corre o risco de perder o apoio internacional pelos seus bombardeamentos indiscriminados contra a população civil da Faixa de Gaza, território controlado pelo grupo islamita palestiniano Hamas desde 2007.

Biden também aconselhou uma mudança de posicionamento de Israel para colocar um fim às crescentes críticas internacionais, reconhecendo ao mesmo tempo que Netanyahu deve tomar uma “decisão difícil” a este respeito.

Contudo, Netanyahu já disse que está decidido em ir até ao fim no seu plano de combate ao Hamas, insistindo que ninguém impedirá Israel de destruir o grupo islamita palestiniano.

Os EUA são um dos principais aliados de Israel e têm apoiado historicamente decisões e ofensivas contra os territórios palestinianos, mas Biden tem mostrado algumas reservas sobre a estratégia de Israel no atual conflito contra o Hamas.

Hoje, a Casa Branca anunciou que o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, deve visitar Israel na quinta e sexta-feira.

Sullivan vai reunir-se com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, com o gabinete de guerra israelita e com o Presidente Isaac Herzog, de acordo com um comunicado do Conselho de Segurança Nacional, órgão diretamente ligado ao Presidente Joe Biden.

Últimas de Política Internacional

Um incêndio na zona mais sensível da COP30 lançou o caos na cimeira climática e forçou a retirada imediata de delegações, ministros e equipas técnicas, abalando o ambiente das negociações internacionais.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje “medidas enérgicas” contra os colonos radicais e seus atos de violência dirigidos à população palestiniana e também às tropas de Israel na Cisjordânia.
A direita radical francesa quer que o Governo suspenda a sua contribuição para o orçamento da União Europeia, de modo a impedir a entrada em vigor do acordo com o Mercosul.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, afirmou hoje que Teerão não está a enriquecer urânio em nenhum local do país, após o ataque de Israel a instalações iranianas, em junho.
O Governo britânico vai reduzir a proteção concedida aos refugiados, que serão “obrigados a regressar ao seu país de origem logo que seja considerado seguro”, anunciou hoje o Ministério do Interior num comunicado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje uma reformulação das empresas estatais de energia, incluindo a operadora nuclear Energoatom, que está no centro de um escândalo de corrupção há vários dias.
A China vai proibir, temporariamente, a navegação em parte do Mar Amarelo, entre segunda e quarta-feira, para realizar exercícios militares, anunciou a Administração de Segurança Marítima (MSA).
A Venezuela tem 882 pessoas detidas por motivos políticos, incluindo cinco portugueses que têm também nacionalidade venezuelana, de acordo com dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Fórum Penal (FP).
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai na quinta-feira ser ouvido numa comissão de inquérito parlamentar sobre suspeitas de corrupção no governo e no partido socialista (PSOE), num momento raro na democracia espanhola.
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).