Mais de 60 migrantes mortos em naufrágio ao largo da costa da Líbia

Mais de 60 pessoas morreram no naufrágio de uma embarcação que transportava migrantes ao largo da costa da Líbia, disse a agência da ONU para as migrações.

© Facebook Open Arms

O naufrágio de sábado foi a mais recente tragédia nesta parte do mar Mediterrâneo, uma rota perigosa para os migrantes que procuram uma vida melhor na Europa, onde milhares de pessoas já morreram, de acordo com as autoridades.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirmou que a embarcação transportava 86 migrantes quando as fortes ondas a inundaram, ao largo da cidade de Zuwara, na costa ocidental da Líbia, e que 61 migrantes se afogaram, citando sobreviventes do “dramático naufrágio”, de acordo com um comunicado.

“O Mediterrâneo central continua a ser uma das rotas migratórias mais perigosas do mundo”, escreveu a OIM na rede social X (antigo Twitter).

Nos últimos anos, a Líbia tornou-se o principal ponto de trânsito para os migrantes que fogem da guerra e da pobreza em África e no Médio Oriente e tentam chegar às costas europeias através do Mediterrâneo central.

Mais de 2.250 pessoas morreram nesta rota este ano, de acordo com o porta-voz da OIM, Flavio Di Giacomo.

Trata-se de “um número dramático que demonstra que, infelizmente, não está a ser feito o suficiente para salvar vidas no mar”, escreveu Di Giacomo no X.

Nos últimos anos, os traficantes de seres humanos têm introduzido clandestinamente migrantes através das longas fronteiras da Líbia, partilhadas com seis nações. Os migrantes são amontoados em embarcações mal equipadas, incluindo barcos de borracha, e partem em viagens marítimas arriscadas.

Aqueles que são intercetados e devolvidos à Líbia são mantidos em centros de detenção geridos pelo governo, onde são vítimas de abusos, incluindo trabalhos forçados, espancamentos, violações e tortura, que constituem crimes contra a humanidade, de acordo com a ONU.

Os abusos são frequentemente acompanhados de tentativas de extorquir dinheiro às famílias dos detidos, antes de os migrantes serem autorizados a deixar a Líbia em barcos de traficantes para a Europa.

Últimas do Mundo

O Centro de Jornalistas do Afeganistão (AFJC, na sigla em inglês) acusou hoje o governo dos talibãs de ter imposto restrições graves aos meios de comunicação social no país através de decisões extralegais.
"Isabel dos Santos, filha do antigo presidente de Angola, abusou sistematicamente dos seus cargos em empresas estatais para desviar pelo menos 350 milhões de libras esterlinas (420 milhões de euros), privando Angola de recursos e financiamento para o tão necessário desenvolvimento", afirma o Governo britânico.
Um grupo de ação climático recomendou ao Governo do País de Gales de proibir a presença de cães em parques ou jardins, pois os imigrantes alegam sentir “estar em perigo” na presença destes animais.
A Rússia ameaçou esta segunda-feira adotar uma "resposta apropriada" no campo de batalha no caso de a Ucrânia disparar mísseis norte-americanos de longo alcance contra o seu território, após luz verde de Washington sobre a sua utilização.
A Suécia, a Finlândia e a Noruega estão a avisar os respetivos cidadãos para se prepararem para uma potencial guerra, dado o agravamento da situação no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, avançou hoje a BBC.
Mais de metade dos corpos das vítimas mortais das cheias de 29 de outubro em Valência, Espanha, foram encontrados em espaços fechados, principalmente dentro de casas e garagens, segundo um relatório hoje divulgado.
Várias organizações não governamentais (ONG) saudaram a libertação, no sábado, de pelo menos 70 das 2.400 pessoas detidas após as eleições presidenciais de julho e pediram ao Governo venezuelano que liberte todos os outros presos políticos.
A Rússia lançou 120 mísseis e 90 drones contra infraestruturas energéticas na Ucrânia, num ataque em grande escala, disse hoje o presidente deste país, Volodymyr Zelensky.
Um ataque com uma faca numa escola no leste da China fez hoje oito mortos e 17 feridos, disseram as autoridades, acrescentando que o autor do crime foi detido.
A Rússia continua a ser "o único obstáculo a uma paz justa" para a Ucrânia, disseram hoje os países do G7, numa declaração que assinala os mil dias da invasão russa do território ucraniano.