Centenas de manifestantes exigem nova trégua para libertar reféns

Centenas de manifestantes exigiram hoje, em Telavive, um acordo imediato para libertar os reféns israelitas ainda detidos pelo movimento islamita Hamas.

©facebook de Israel Reports

O protesto, em que os manifestantes empunhavam cartazes com os nomes e as fotos de muitos dos reféns nas mãos do Hamas, em frente ao Ministério da Defesa israelita, depois de o exército ter anunciado, na sexta-feira, que tinha matado três reféns por engano.

Um cartaz dizia: “Todos os dias morre um refém”, enquanto uma bandeira israelita na rua foi pintada com tinta vermelha, evocando sangue.

“A única maneira de libertar os reféns com vida é através da negociação”, disse Motti Direktor, um manifestante de 66 anos.

“Estamos aqui depois de uma noite chocante e estou a morrer de medo. Exigimos um acordo já”, disse Merav Svirsky, cujo irmão Itay é refém em Gaza.

Pouco depois do anúncio das forças armadas, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, lamentou “uma tragédia insuportável” que mergulhou “todo o Estado de Israel no luto”, enquanto em Washington a Casa Branca se referiu a um “erro trágico”.

Cerca de 240 pessoas foram capturadas no sangrento ataque dos comandos do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, de acordo com as autoridades.

Como represália, Israel prometeu “destruir” o Hamas e lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que causou 18.800 mortos, indicou o Ministério da Saúde do Hamas, no poder em Gaza desde 2007 e considerada terrorista pela UE, pelos Estados Unidos e por Israel.

No final de novembro, um acordo de tréguas, mediado pelo Qatar, permitiu uma pausa de uma semana nos combates, a libertação de uma centena de reféns do Hamas e de 240 prisioneiros palestinianos detidos em Israel, bem como a entrega de ajuda humanitária de emergência.

Depois do anúncio da morte dos três reféns, o portal Axios avançou que o chefe da Mossad (serviços secretos externos israelitas), David Barnea, deverá encontrar-se este fim de semana com o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, indicou a agência de notícias France-Presse.

O encontro, na Europa, deverá centrar-se na libertação de reféns, prosseguiu o Axios, sem especificar o local da reunião.

Últimas do Mundo

A Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol) advertiu hoje que a inteligência artificial (IA) está a impulsionar o crime organizado na UE à medida que se entrelaça com atividades de destabilização patrocinadas por determinados Estados.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou hoje que vai "aumentar e acelerar as encomendas" de caças Rafale para a força aérea francesa, no âmbito dos novos investimentos na defesa em resposta ao "ponto de viragem" geopolítico mundial.
Com as vias legais para chegar aos Estados Unidos cortadas, os grupos criminosos estão a lucrar com o contrabando de migrantes e redes sociais como o TikTok tornaram-se uma ferramenta essencial de divulgação.
Uma centena de empresas europeias solicitou à Comissão Europeia medidas para garantir a independência tecnológica dos Estados Unidos, como priorizar a própria indústria nos concursos públicos e criar novos fundos para impulsionar a competitividade do setor.
As defesas aéreas ucranianas abateram 90 'drones' kamikaze sobre várias regiões da Ucrânia durante a noite de hoje, mas também atacaram solo russo, causado danos numa infraestrutura e energia russa, informou a Força Aérea Ucraniana.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e os chefes das agências do medicamento alertaram para os perigos dos fármacos de terapias avançadas não regulamentados que estão a ser vendidos a doentes na União Europeia (UE).
O Conselho da UE aprovou hoje um terceiro pagamento de 3,5 mil milhões de euros à Ucrânia, ao abrigo do mecanismo criado para o país, elevando o total para 20 mil milhões num ano.
A Alta-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, defendeu hoje que a Rússia apresentou condições para um cessar-fogo que demonstram desinteresse em acabar com a guerra.
O Papa Francisco, hospitalizado devido a problemas respiratórios, expressou hoje profundas condolências às vítimas e sobreviventes do incêndio numa discoteca na Macedónia do Norte que provocou pelo menos 59 mortos e 155 feridos.
Milhares de apoiantes de Jair Bolsonaro encheram hoje a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para mostrar apoio ao ex-presidente do Brasil, que está a ser julgado por alegado plano de golpe de Estado.