Num comunicado, o Centcom acrescentou que ninguém ficou ferido no ataque que levou o navio MV Saibaba, propriedade de uma empresa do Gabão, a enviar um pedido de socorro.
Um outro petroleiro, o MV Blaamanen, de bandeira norueguesa, foi também alvo de um drone Houthi, que falhou por pouco, acrescentou o Centcom, que adiantou serem estes os 14º e 15º ataques a navios comerciais por parte dos rebeldes iemenitas desde 17 de outubro.
Horas antes, o Centcom revelou na rede social X (antigo Twitter) que um contratorpedeiro norte-americano que patrulhava o Mar Vermelho abateu no sábado quatro drones de ataque disparados do Iémen.
O USS Laboon “abateu quatro drones aéreos não tripulados provenientes de zonas do Iémen controladas pelos Huthis que se dirigiam” para a embarcação norte-americana, disse o Centcom, acrescentando que “não houve feridos ou danos”.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos acusou o Irão de ter lançado um drone responsável por um outro ataque, também no sábado, contra um navio comercial no oceano Índico, que causou danos, mas não feridos.
O navio MV Chem Pluto navegava com a bandeira da Libéria, era propriedade de uma empresa japonesa e operado por uma empresa holandesa, informou o departamento norte-americano.
O jornal americano Wall Street Journal afirmou que a empresa holandesa que opera o MV Chem Pluto “está ligada ao magnata israelita da navegação Idan Ofer”.
Alegando estar a apoiar o movimento islamita palestiniano Hamas na sua guerra contra Israel, os rebeldes iemenitas reivindicaram nas últimas semanas a responsabilidade por vários ataques a navios comerciais ligados, disseram, a Israel.
As principais companhias de navegação, como a chinesa Cosco, a sua subsidiária OOCL e a taiwanesa Evergreen, suspenderam temporariamente o transporte de carga na rota do Mar Vermelho – uma das principais rotas marítimas do mundo que liga a Europa, a Ásia e a África – juntando-se a empresas como a Maersk e a Hapag-Lloyd.
O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, anunciou na terça-feira o estabelecimento de uma nova missão internacional para combater os ataques dos rebeldes iemenitas Huthis contra navios no Mar Vermelho.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse na quinta-feira que mais de 20 países vão participar.
A missão Prosperity Guardian será coordenada pelas Forças Marítimas Combinadas (CMF, na sigla em inglês), que inclui um grupo de trabalho, o CTF 153, criado em abril de 2022 para melhorar a segurança marítima no Mar Vermelho e no Estreito de Bab el-Mandeb.
As CMF são compostas por 39 países, incluindo Portugal.