Companhias japonesas decidem evitar mar Vermelho devido aos ataques dos Huthi

As principais companhias de navegação japonesas decidiram alterar rotas com a Europa para evitar o mar Vermelho e os ataques dos Huthis, que querem impedir navios relacionados com Israel de navegar na zona, foi hoje noticiado.

© D.R.

A Nippon Yusen (NYK Line), a Mitsui O.S.K. e a Kawasaki Kisen Kaisha (K Line), as três maiores companhias de navegação japonesas, já estão a alterar a rota dos cargueiros de e para a Europa para evitar o mar Vermelho e, assim, evitar ser alvo destes grupos, disse a emissora pública japonesa NHK.

As companhias de navegação, bem como a transportadora de contentores Ocean Network Express, estão a reencaminhar os navios para a África do Sul, onde contornam o cabo da Boa Esperança, apesar de a via navegável mais curta que liga a Ásia à Europa ser o canal do Suez, que atravessa o mar Vermelho.

A decisão surge horas depois de o Departamento da Defesa dos Estados Unidos ter anunciado que um navio-tanque de produtos químicos de propriedade japonesa, com pavilhão liberiano e operado por uma empresa holandesa, foi atacado no sábado no oceano Índico por um drone aparentemente proveniente do Irão.

O ataque causou um incêndio, mas os 21 membros da tripulação, 20 indianos e um vietnamita, não sofreram quaisquer ferimentos.

O navio zarpou da Arábia Saudita na terça-feira e dirigia-se para o porto indiano de Mangalore quando foi atacado, mas decidiu regressar a Mumbai para efetuar reparações e avaliar os danos com a ajuda da Guarda Costeira indiana, de acordo com a agência de notícias japonesa Kyodo.

De acordo com os meios de comunicação social norte-americanos, o navio poderá ter ligações a Israel.

As alterações nas rotas dos cargueiros estão a suscitar preocupações quanto a possíveis atrasos na carga e aumentos nos custos de transporte.

A recente escalada de ataques lançados a partir do território do Iémen, que incluíram o sequestro de navios, está a ameaçar o comércio global na rota crucial entre os mares Vermelho e Arábico.

Últimas do Mundo

A taxa de desemprego em Espanha aumentou ligeiramente no terceiro trimestre, atingindo os 10,45% da força de trabalho, face aos 10,29% do final de junho, segundo os dados oficiais divulgados hoje.
Soam os alarmes em Espanha com o presidente do Governo a preparar a maior regularização da história do país vizinho, abrindo caminho à residência e à nacionalidade para centenas de milhares de estrangeiros sem documentos.
A Comissão e o Parlamento europeus apelaram hoje ao consenso entre os Estados-membros para pôr fim ao acerto sazonal dos relógios na primavera e outono, sublinhando o impacto na saúde de uma prática que "já não serve qualquer propósito".
Quase 37.000 pessoas entraram no Reino Unido desde o início deste ano atravessando ilegalmente o Canal da Mancha, o que supera o número registado em todo o ano de 2024, anunciou hoje Ministério do Interior britânico.
O Museu do Louvre reabriu as portas aos visitantes hoje de manhã pela primeira vez desde o roubo feito no domingo por quatro assaltantes que levaram oito joias, causando um prejuízo estimado em 88 milhões de euros.
O Parlamento Europeu deu hoje “luz verde” à modernização das regras sobre cartas de condução na União Europeia, permitindo que jovens de 17 anos conduzam ao lado de um condutor experiente e a utilização de uma licença digital.
Uma investigação do jornal britânico The Telegraph revelou que dezenas de requerentes de asilo no Reino Unido estão a ser batizados em banheiras de hotéis como forma de reforçar os seus pedidos de residência. O caso está a gerar polémica e a levantar dúvidas sobre o eventual uso fraudulento de conversões religiosas como estratégia para escapar à deportação.
Uma suspeita pelo roubo organizado de pepitas de ouro do Museu Nacional de História Natural francês, em Paris, foi indiciada por aquele crime e continua detida, anunciou hoje a procuradora Laure Beccuau.
A companhia aérea de baixo-custo Ryanair anunciou hoje que vai rever rotas e deixar de operar em alguns aeroportos de França, Alemanha, Áustria, Estónia, Letónia e Lituânia, além de Espanha, devido ao aumento de taxas e impostos aeroportuários.
O Museu do Louvre, em Paris, vai manter-se encerrado hoje, anunciou a instituição, um dia após um grupo ainda a monte ter conseguido roubar múltiplas joias.