Foi no dia mais escuro do ano que em Portugal veio à luz o filme Sound of Freedom, realizado por Alejandro Monteverde, interpretado profundamente por Jim Caviezel (A Paixão de Cristo) e com a produção de Eduardo Verastegui (futuro presidente do México?!). Depois de ter gerado muita polémica nos Estados Unidos e de ser alvo de boicote em vários países, o filme Som da Liberdade chegou finalmente a Portugal no dia 21 de dezembro.
Em termos resumidos, o filme narra a história real do agente federal norte-americano Tim Ballard que com elevado custo pessoal e arriscando a própria vida se dedicou ao resgate de menores vítimas de redes de tráfico humano e de exploração sexual. O filme narra apenas alguns poucos de tantos eventos de resgate em que o agente Tim Ballard se involucrou na sua verdadeira missão. Ainda assim, a dureza do episódio dificilmente deixará algum de nós indiferente.
Saído a ferro e fogo, com uma produção independente e muito distante dos orçamentos hollywoodescos de milhões de dólares, o filme Som da Liberdade traz ao olhar do público a natureza crua e dura das redes de tráfico de menores e da exploração sexual infantil. As teses apelidadas de “conspiracionistas”, e que cada um deverá aceitar ou refutar de acordo com o seu entendimento, dizem que o filme retrata apenas uma ínfima parte daquilo que é o submundo da exploração sexual infantil. Verdade ou conspiração, há contudo uma realidade que é inegável: o cancro que representa a pedofilia para as nossas sociedades.
Nós por cá temos a mancha negra do processo Casa Pia, e jamais deveremos esquecer a impunidade das personalidades envolvidas neste escândalo que ainda aos dias de hoje se passeiam pela praça pública, ou pior, deambulam pelos paços das nossas instituições de poder. O mesmo há a dizer dos casos que vieram a público nas nossas instituições religiosas e que a todos nos envergonham. Nesta luta contra a pedofilia não pode haver tréguas, quer se trate de instituições políticas, religiosas, filosóficas ou de qualquer índole que seja. As crianças são um bem-maior e enquanto sociedade devemos protegê-las a todo o custo.
Os patriotas e conservadores têm vindo a perder várias batalhas no plano dos valores e da moral. Talvez por acharmos que isso não pertence à política relegámos essas matérias para o foro das opções sociais e apartámos isso do debate político. O resultado está à vista: a esquerda globalista mediante o uso do poder político e legislativo tem vindo a ganhar batalhas no campo dos valores desestruturando famílias, crianças e por fim, toda a sociedade. Portugal não é uma exceção. No passado dia 15 de dezembro foi aprovada na A.R. a lei “da autodeterminação de género nas escolas”. Esta foi mais uma batalha perdida para os Patriotas e Conservadores. Soma-se às batalhas perdidas do passado como o aborto, a liberalização de drogas e a eutanásia. A direita, a verdadeira direita de Patriotas e Conservadores não se pode dar ao luxo de perder as próximas batalhas que aí vem e ficar impassível perante a natureza dos eventos. Há que antecipar-se aos movimentos que estão em curso e estrategicamente focar-se nas batalhas que estão por vir.
A ideologia de género em curso visa desestruturar a identidade dos jovens e convertê-los em cidadãos débeis, impassíveis e submissos à tirania dos que controlam o poder, bem como sexualizar as crianças e legitimar a pedofilia.
O filme francês Consentimento, também este baseado na história real entre um escritor de 50 anos que manteve relações sexuais com uma menor de 14 anos, vem dar fôlego ao debate com o uso da expressão «consentimento».
A última batalha pelas nossas crianças é clara: a luta contra a legalização da pedofilia. Precisamos de educadores e psicólogos sérios que venham a público parar esta depravação. A direita não pode ficar imóvel e desde já deve lançar uma massiva campanha que entre na consciências dos seus cidadãos e que tenha como mote « #NãoàPedofilia ».