Desempregados inscritos nos centros de emprego sobem 3,5% em dezembro

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou em dezembro de 2023 pelo sexto mês consecutivo, subindo 3,5% em termos homólogos e 1,7% em cadeia, para 317.659, segundo dados divulgados hoje pelo IEFP.

©️ Instituto da Segurança Social

 

De acordo com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em dezembro passado estavam registadas 317.659 pessoas nos centros de emprego do continente e regiões autónomas, número que representa 67,1% de um total de 473.394 pedidos de emprego.

Este valor representa um aumento de 3,5% (+10.654 pessoas) relativamente a dezembro de 2022 e de 1,7% (+5.349 pessoas) face a novembro.

“Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2022, na variação absoluta, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (+17.442), os detentores do ensino secundário (+14.524) e os que procuram um novo emprego (+10.412)”, detalha o IEFP.

Quanto ao número de jovens desempregados inscritos, aumentou 7,7% (+2.485) em dezembro de 2023 face ao mesmo mês de 2022, mas recuou 3,5% (-1.274) em cadeia.

A nível regional, em dezembro de 2023, com exceção dos Açores (-14,8%) e da Madeira (-24,0%), o desemprego aumentou em termos homólogos, com o valor mais acentuado na região do Alentejo (+9,6%).

Já em relação ao mês anterior, o IEFP nota que, “com exceção dos Açores, a tendência é também de aumento do desemprego, com a maior variação a acontecer na região do Algarve (+18,4%)”.

Ao longo do mês em análise, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 44.082 desempregados, um número ligeiramente superior ao observado no mesmo mês de 2022 (+63, +0,1%) e inferior face a novembro (-14,818; -25,2%).

Já as ofertas de emprego recebidas ao longo do mês de dezembro totalizaram 8.062 em todo o país, número superior ao do mês homólogo de 2022 (+1.276; +18,8%) e inferior em relação ao mês anterior (-1.421; -15,0%).

Os grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados no continente eram em dezembro os “trabalhadores não qualificados” (27,8%), “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores” (20,3%), “pessoal administrativo” (11,5%) e “trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices” (10,0%).

Relativamente ao mês homólogo de 2022, e tendo em conta os grupos profissionais com maior expressão, registaram-se acréscimos no desemprego na maioria das atividades, com destaque para os “operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem” (+8,8%) e “trabalhadores não qualificados” (+8,1%).

Segundo o IEFP, o desemprego apresenta, face ao mês homólogo de 2022, aumentos nos grandes setores económicos: “Agrícola” (+2,9%), “Secundário” (+6,4%) e “Terciário”(+4,9%).

Quanto às ofertas de emprego por satisfazer, no final de dezembro de 2023 totalizavam 10.353, nos serviços de emprego de todo o país, o que corresponde a uma diminuição das ofertas em ficheiro na análise anual (-1.078; -9,4%) e face ao mês anterior (-2.887; -21,8%).

Últimas de Economia

Nos primeiros nove meses do ano, foram comunicados ao Ministério do Trabalho 414 despedimentos coletivos, mais 60 face aos 354 registados em igual período de 2024, segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai solicitar mais informações aos bancos sobre os ativos de garantia que permitem mais financiamento.
A economia portuguesa vai crescer 1,9% em 2025 e 2,2% em 2026, prevê a Comissão Europeia, revendo em alta a estimativa para este ano e mantendo a projeção do próximo.
A Comissão Europeia prevê que Portugal vai registar um saldo orçamental nulo este ano e um défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, segundo as projeções divulgadas hoje, mais pessimistas do que as do Governo.
A taxa de juro no crédito à habitação desceu 4,8 pontos para 3,180% entre setembro e outubro, acumulando uma redução de 147,7 pontos desde o máximo de 4,657% em janeiro de 2024, segundo o INE.
A Comissão Europeia estimou hoje que a inflação na zona euro se mantenha em torno dos 2%, a meta do Banco Central Europeu (BCE) para estabilidade de preços, até 2027, após ter atingido recordes pela guerra e crise energética.
A Comissão Europeia previu hoje que o PIB da zona euro cresça 1,3% este ano, mais do que os 0,9% anteriormente previstos, devido à “capacidade de enfrentar choques” face às ameaças tarifárias norte-americanas.
Mais de 20 contratos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foram considerados irregulares pelo Tribunal de Contas (TdC), tendo os processos seguido para apuramento de responsabilidades financeiras, avançou à Lusa a presidente da instituição.
Os Estados Unidos suspenderam as negociações de um acordo comercial com a Tailândia devido às tensões na fronteira com o Camboja, após Banguecoque suspender um entendimento de paz assinado em outubro com a mediação do Presidente norte-americano.
A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos nos hospitais subiu quase 15%, entre janeiro e setembro, de acordo com dados hoje publicados pelo Infarmed.