Ex-CEO da TAP acusa Medina de chantagem, ministro afirma que declarações são “falsas”

A ex-presidente executiva da TAP Christine Ourmières-Widener acusou o ministro das Finanças, Fernando Medina, de chantagem e de a despedir por motivos políticos, declarações contrariadas hoje pelo governante, que as classifica de “falsas e lamentáveis”.

© Folha Nacional

 

Christine Ourmières-Widener, em entrevista à CNN na segunda-feira, afirmou que o ministro das Finanças lhe garantiu que não fez “nada de mal, mas tinha” de despedi-la “por motivos políticos”.

“Aconselhou-me veemente a demitir-me pela minha reputação. Chamo a isso chantagem e estar a ameaçar-me e foi o que ele fez”, disse a antiga CEO da companhia, acrescentando que Fernando Medina lhe terá dito “que podia receber um bónus e que esse bónus seria discutido” depois de Ourmières-Widener apresentar a demissão.

Em declarações enviadas à Lusa, Fernando Medina refuta as declarações da gestora.

“As afirmações da ex-CEO relativamente aos motivos e procedimento do seu despedimento são falsas e lamentáveis”, afirma o responsável pela pasta das Finanças.

“Todos os esclarecimentos foram por mim prestados em sede de Comissão Parlamentar de Inquérito e sê-lo-ão, se necessário, de novo, em sede da ação judicial atualmente em curso”, acrescenta.

A ex-CEO da TAP, em entrevista à CNN, considerou que a resposta da TAP à ação que moveu contra a companhia está “cheia de mentiras, ataques e insultos”.

“Estão a tentar destruir a minha reputação, o meu passado. Dizem todo o tipo de coisas a meu respeito que não são verdade, que não tive nada que ver com o sucesso da empresa e com os resultados positivos”, disse.

Questionada sobre se haverá hipóteses de um acordo amigável, Ourmières-Widener disse acreditar “que as pessoas razoáveis podiam ter a oportunidade de ter uma conversa adequada”.

“Vamos ver. Não sei. Mas espero que este processo tenha um fim e que tenha o fim correto”, acrescentou.

A TAP acusou Christine Ourmières-Widener de violar o regime de exclusividade a que estava obrigada na companhia aérea, por ter acumulado vários cargos noutras empresas, sem informar ou obter autorização.

A ex-CEO da TAP foi exonerada por justa causa, em abril de 2023, no seguimento da polémica indemnização de meio milhão de euros à antiga administradora Alexandra Reis, que levou à demissão do então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e do seu secretário de Estado Hugo Mendes, e à constituição de uma comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea.

Últimas de Política Nacional

O presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, considera "exacerbada" e "doentia" a vontade do Governo em privatizar a TAP, questionando como pode ser Miguel Pinto Luz a liderar o processo.
O candidato presidencial André Ventura admite que não passar a uma segunda volta das eleições de janeiro será uma derrota e que, se lá chegar, será uma batalha difícil, porque estarão “todos contra” si.
O candidato presidencial, e líder do CHEGA, André Ventura escolhe o antigo Presidente da República Ramalho Eanes e a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni como exemplos de liderança.
Um Presidente da República tem de fazer tudo para evitar o envio de jovens militares portugueses para a guerra na Ucrânia, disse hoje o candidato presidencial André Ventura, vincando que a Rússia tem de ser derrotada.
A Câmara de Vila Nova de Gaia revelou hoje ter determinado uma auditoria ao projeto Skyline/Centro Cultural e de Congressos, que levou a tribunal o ex-vice-presidente socialista Patrocínio Azevedo, juntamente com mais 15 arguidos, por suspeitas de corrupção.
O Ministério Público (MP) abriu um inquérito após denúncias de alegadas falsas assinaturas na lista de propositura da candidatura autárquica independente em Boticas, que foi rejeitada pelo tribunal e não foi a eleições.
O Ministério Público acaba de colocar um deputado socialista no centro de mais uma tempestade judicial: Rui Santos, ex-presidente da Câmara de Vila Real e atual deputado do PS, foi formalmente acusado de prevaricação e abuso de poder por alegadamente transformar a empresa municipal Vila Real Social numa peça de xadrez político ao serviço das suas ambições pessoais e partidárias.
A garantia é de Patrícia Almeida, mandatária nacional de André Ventura, deputada à Assembleia da República e militante fundadora do CHEGA. Para a dirigente, o recorde histórico de assinaturas “prova a força real do candidato” e mostra que “o país quer mudança e não teme assumir isso”. Patrícia Almeida assegura que Ventura é “o único capaz de defender os portugueses sem hesitações” e promete uma campanha firme, mobilizadora e “determinada a devolver Portugal aos portugueses”.
O oitavo debate das Presidenciais ficou hoje em suspenso. António José Seguro, candidato e antigo líder socialista, anunciou que não poderá marcar presença esta quinta-feira no duelo com João Cotrim Figueiredo, na RTP1, devido a um agravamento do seu estado de saúde.
No último dia do debate orçamental, André Ventura classificou o Orçamento do Estado como um documento “viciado e sem ambição”, acusando o Governo de manter a velha fórmula que, diz, tem destruído o país: mais impostos, mais burocracia e mais peso sobre quem trabalha.