Borrell insta os países da UE a fornecerem mais ajuda militar

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, incentivou os Estados-membros a fornecerem mais ajuda militar à Ucrânia, uma “prioridade fundamental” que discutiu hoje com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dimitro Kuleba.

© Facebook de Josep Borrell

 

“A União Europeia [UE] tem estado ao lado da Ucrânia desde o primeiro dia e continuará a estar”, prometeu o alto representante da UE para a Política Externa, numa declaração no dia em que se cumprem dois anos desde invasão da Rússia à Ucrânia.

Já Kuleba, que elogiou pessoalmente o papel de Borrell, considerou que a UE tomou “decisões históricas”, com a entrega de armas à Ucrânia e as sanções contra a Rússia, bem como com o início das conversações de adesão, mas pediu mais apoio.

“Há muitas melhorias e decisões pela frente e trabalhamos em conjunto para garantir a sua rápida adoção”, disse o ministro ucraniano.

Em março de 2023, a UE prometeu que ia entregar até março deste ano um milhão de munições de grande calibre, especificamente de 155 milímetros, mas até novembro do ano passado tinha conseguido pouco mais de 300.000 munições, entre aquisição conjunta e reforço da produção.

No início de janeiro, vários governantes admitiram a impossibilidade de cumprir a promessa até março, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho.

Na quinta-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, escreveu aos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da UE para pedir mais um maior gasto de dinheiro para fornecer armas à Ucrânia, que enfrenta falta de munições para combater a Rússia.

“As mensagens que ouvimos são inequivocamente claras: os soldados ucranianos têm determinação para lutar, mas precisam de munições. Urgentemente e em grandes quantidades”, afirmou o alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros no conteúdo das cartas enviadas na quarta-feira aos ministros dos 27, ao qual a agência EFE teve acesso.

“Não fazer nada não é uma opção”, advertiu Josep Borrell.

Nos últimos dias, vários governos europeus insistiram na necessidade de coordenar melhor o fornecimento de equipamento militar à Ucrânia, que assinou acordos bilaterais de segurança com o Reino Unido, a França e Alemanha.

A guerra na Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma ofensiva militar com os argumentos de que queria defender os territórios pró-russos e eliminar um suposto nazismo no país vizinho.

A invasão russa provocou a crise de segurança mais grave da Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Últimas de Política Internacional

A Alemanha e a França sinalizaram hoje que tomaram nota dos mandados de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelita e o seu ex-ministro da Defesa, mas sem indicarem se os aplicarão.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu hoje mandados de captura para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e o chefe do braço militar do Hamas, Mohammed Deif.
A Comissão Europeia adotou hoje um conjunto de diretrizes para melhorar os direitos das pessoas com deficiências e para ajudar na promoção de um estilo de vida independente, com integração nas comunidades.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros anunciou hoje que a embaixada de Portugal em Kiev encerrou “temporariamente e por alguns dias”, mas salientou que tal já aconteceu por várias vezes durante a guerra da Ucrânia.
A embaixada dos Estados Unidos em Kiev vai encerrar depois de ter sido alertada para um "possível ataque aéreo significativo" contra a Ucrânia, após Moscovo ter ameaçado responder ao uso de mísseis norte-americanos de longo alcance contra território russo.
O parlamento ucraniano aprovou hoje o orçamento para 2025, no qual 60% da despesa (50 mil milhões de euros) serão consagrados à defesa e à segurança nacional, para combater a invasão russa e suas consequências, anunciou o Governo.
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje o decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, depois de os Estados Unidos terem autorizado Kiev a atacar solo russo com os mísseis de longo alcance.
Os ministros da Agricultura e Pescas da União Europeia (UE) reúnem-se hoje, em Bruxelas, com um primeiro debate sobre as possibilidades de pesca para 2025 na agenda.
O Conselho da UE e o Parlamento Europeu chegaram hoje a acordo para o orçamento de 2025 no valor de quase 192,8 mil milhões de euros em compromissos, 1,78% acima do de 2024, disseram as instituições em comunicados.
O Presidente da Argentina defendeu a formação de “uma aliança de nações livres” que vá além da política, durante uma visita aos Estados Unidos, onde participou num fórum conservador em Mar-a-Lago ao lado do futuro Presidente norte-americano Donald Trump.