Exército israelita mantém ofensiva e número de mortos ultrapassa os 30 mil em Gaza

O exército israelita continua com a ofensiva em todo o território da Faixa de Gaza, quando o número de palestinianos mortos ultrapassou os 30 mil, segundo as autoridades do Hamas, noticiou hoje a imprensa internacional.

©Facebook Israel Reports

 

No norte do enclave palestiniano, onde a crise humanitária é mais grave, os hospitais colapsam devido a falta de energia e os habitantes começam a morrer de fome e sede, segundo a agência de notícias EFE.

As forças de defesa de Israel (FDI) “continuam a operar” no bairro de Zaytun, na Cidade de Gaza, onde “tropas mataram terroristas, destruíram túneis, localizaram inúmeras armas e cinco poços de lançamento de foguetes”, disse um porta-voz do exército, acrescentando ainda que um avião de combate abriu fogo sobre “duas células terroristas que dispararam” contra soldados israelitas.

Enquanto isso, no centro da Faixa de Gaza, os soldados israelitas disseram ter identificado “uma célula terrorista que se aproximava das tropas terrestres e ordenaram a um avião que a eliminasse” e, em outro incidente, um combatente que se aproximava das tropas foi eliminado” com recurso a um ‘drone’.

Em Khan Yunis, a região mais importante no sul do enclave palestiniano, “as tropas mataram terroristas e desmantelaram as suas infraestruturas”, além de terem “eliminado quatro terroristas que tentaram instalar um dispositivo explosivo”, acrescentou o porta-voz israelita.

Em 146 dias de guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, que governa de facto a Faixa de Gaza desde 2007, morreram quase 30 mil habitantes de Gaza, 70% dos quais eram crianças e mulheres.

Há mais de 70 mil feridos e cerca de oito mil desaparecidos sob os escombros e outros locais aos quais as ambulâncias não conseguiram aceder, enquanto os hospitais continuam a colapsar por falta de energia e de suprimentos médicos.

Na quarta-feira, os hospitais Kamal Adwana e Al-Awda, ambos localizados no norte da Faixa de Gaza, anunciaram a suspensão total dos seus serviços.

Pelo menos seis crianças morreram em hospitais daquela área devido à desnutrição e desidratação nos últimos dois dias.

O norte do enclave – onde, segundo o Hamas, vivem cerca de 700 mil civis – foi a região mais atingida pela crise humanitária sem precedentes, nomeadamente com a destruição massiva de casas, o colapso de hospitais, o surto de epidemias e a crescente escassez catastrófica de água potável, alimentos, medicamentos, eletricidade e combustível.

Dada a dificuldade de introdução da ajuda humanitária por via terrestre, vários países – incluindo a Jordânia, o Egito, o Qatar, a França e os Emirados Árabes Unidos – lançaram pacotes com alimentos e provisões a partir do ar na quarta-feira, uma estratégia que beneficiou, pela primeira vez, os habitantes do norte do enclave palestiniano.

Quase todos os 2,3 milhões de residentes de Gaza foram deslocados à força, muitos destes repetidamente, sem conseguirem encontrar um local seguro para permanecer.

Neste contexto, a comunidade internacional pressiona cada vez mais por um cessar-fogo que facilite as condições de vida dos habitantes de Gaza, bem como a libertação dos mais de cem reféns que o Hamas mantém sequestrados em Gaza.

No entanto, apesar das árduas negociações entre Israel e o Hamas através de mediadores, não foi alcançado um acordo, aparentemente porque o grupo islamita palestiniano apela a um cessar-fogo definitivo, algo que o Estado hebreu rejeita.

Últimas do Mundo

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.
A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.
O comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Sirski, assegurou este domingo que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço russo na região nordeste de Sumi, recuperando a localidade de Andriivka e avançando na zona de Yunakivka.