Sindicato Independente dos Médicos espera que novo ministro seja sensato e tenha poder político

Para Roque da Cunha, que vai deixar a liderança do SIM no congresso do sindicato em 23 de março, o novo ministro da Saúde deve ser "uma pessoa sensata, que crie pontes", e tenha poder junto do chefe do Governo e das Finanças para argumentar que "investir no Serviço Nacional de saúde hoje, não é uma despesa, mas sim um investimento" para poupar no futuro.

©Facebook de Jorge Roque da Cunha

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) espera que o novo ministro da Saúde conheça os problemas do setor, seja sensato, e tenha poder político junto do primeiro-ministro e do ministro das Finanças.

“Há muita insatisfação, há muita incompreensão, portanto, terá de ser alguém que tenha capacidade de decisão e que se rodeie de uma equipa que de alguma maneira possa ajudar nesta tarefa ciclópica que é tentar recuperar o Serviço Nacional de Saúde. Não vai ser fácil”, afirmou Jorge Roque da Cunha em entrevista à agência Lusa.

Para Roque da Cunha, que vai deixar a liderança do SIM no congresso do sindicato em 23 de março, o novo ministro da Saúde deve ser “uma pessoa sensata, que crie pontes”, e tenha poder junto do chefe do Governo e das Finanças para argumentar que “investir no Serviço Nacional de saúde hoje, não é uma despesa, mas sim um investimento” para poupar no futuro.

O novo Governo vai “precisar muito” de criar pontes, nomeadamente “junto da sociedade que está muito agastada”, afirmou.

“Houve muita insensibilidade em perceber que a sociedade civil tem muitas questões que não estão a ser respondidas de uma forma correta”, considerou, manifestando a “total disponibilidade” do SIM para dialogar.

“Somos um sindicato de acordos, como temos revelado nos últimos anos. Claro que em situações de denúncia também é nossa obrigação fazê-lo”, rematou.

Questionado sobre a reforma do SNS com o alargamento a todo o país das Unidades Locais de Saúde (ULS), afirmou ser “uma grande preocupação”.

“Desde logo, porque esta situação de instabilidade e de queda do Governo ocorreu exatamente num momento em que existe uma nova Direção Executiva (do Serviço Nacional de Saúde) com novos poderes (…) e, ao mesmo tempo, a criação de ULS em todo o país”, explicou.

Segundo Roque Cunha, a “forma precipitada” com que foi feita esta reforma, acabando com as administrações regionais de saúde e obrigando a alterações legislativas na estrutura organizativa do SNS, “está a criar a maior das perturbações”, nomeadamente nos departamentos de recursos humanos, “que na maior parte dos locais, têm uma atitude perfeitamente inqualificável”.

Considerou que a reforma poderia ter sido feita de “forma faseada”, com a criação de condições nos recursos humanos das ULS para evitar perturbações em áreas como compras.

Neste momento, exemplificou, “há um problema de disponibilização de vacinas junto dos centros de saúde”, porque foi mudada a entidade que tinha a responsabilidade de fazer essas compras e a situação “agora é mitigada e desenvolvida pelas várias instituições”.

Ressalvando que não compete ao sindicato “criar ainda maiores dificuldades”, disse que o SIM está “muito atento, alertando, esclarecendo, fazendo com que o Ministério da Saúde e as entidades possam ultrapassar os problemas”.

Últimas do País

Um homem é suspeito de ter matado hoje uma criança de 13 anos, morrendo de seguida numa explosão alegadamente provocada por si numa habitação em Casais, Tomar, num caso de suposta violência doméstica, informou a GNR.
O tribunal arbitral decretou hoje serviços mínimos a assegurar durante a greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, antiga Groundforce, marcada para 31 de dezembro e 1 de janeiro, nos aeroportos nacionais.
O Ministério da Administração Interna (MAI) disse hoje que foi registada uma diminuição das filas e do tempo de espera no aeroporto de Lisboa e que todos os postos têm agentes da PSP em permanência.
Quatro urgências de Ginecologia e Obstetrícia estarão fechadas na quarta-feira, número que sobe para cinco no Dia de Natal e seis na sexta-feira, dia de tolerância de ponto na administração pública, segundo o Portal do SNS.
Em 2026, será possível observar em Portugal em agosto um eclipse solar total, um fenómeno raro, que embora parcial em grande parte do país “terá bastante importância”, disse hoje o astrónomo Rui Jorge Agostinho.
Autoridade da Concorrência (AdC) está a investigar um alegado abuso de posição dominante no mercado nacional dos portais de anúncios imobiliários online, “envolvendo o principal grupo empresarial a operar neste segmento em Portugal”, indicou esta terça-feira em comunicado.
Portugal soma, desde o início do ano, 52 focos de gripe das aves, após ter sido registado um novo caso em Aveiro, indicou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
O Ministério Público vedou o acesso da Comunicação Social à averiguação preventiva que visou a empresa Spinumviva e o primeiro-ministro, alegando que o sigilo absoluto a que está sujeita só cessaria se tivesse sido aberto um inquérito.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) alertou hoje para os cuidados a ter por causa do frio, lembrando que a descida das temperaturas aumenta o risco de agravamento de doenças crónicas e pedindo à população que se proteja.
Um total de 332 pessoas com excesso de álcool e 120 sem habilitação para conduzir foram detidas em cinco dias pela PSP e GNR, no quadro das operações de vigilância rodoviária para o Natal e Ano Novo.