BCE pode baixar taxas de juro em junho

O Banco Central Europeu (BCE) está confiante em baixar as taxas de juros, se os dados de maio e junho revelarem que a resposta à sua política monetária continua forte, embora não possa comprometer-se com novos cortes depois disso.

© Flickr/BCE

A presidente da instituição, Christine Lagarde, sublinhou, durante a sua participação num evento organizado pelo Instituto para a Estabilidade Monetária e Financeira, em Frankfurt, que durante os meses de maio e junho a instituição terá muito mais dados para saber se está no bom caminho para atingir o seu objetivo de inflação de 2%.

“Se estes dados revelarem um grau suficiente de alinhamento entre a trajetória da inflação subjacente e as nossas projeções, e partindo do princípio que a transmissão se mantém forte, podemos passar à fase de revisão do nosso ciclo de política monetária e aliviar a orientação restritiva”, afirmou.

Posteriormente, porém, haverá um período “em que será necessário continuar a confirmar que os novos dados apoiam” as perspetivas de inflação do BCE, numa altura em que as suas decisões continuarão a depender dos dados.

“Tal implica que, mesmo após o primeiro corte das taxas, não nos poderemos comprometer antecipadamente com uma trajetória específica das taxas”, continuou.

Para poder baixar as taxas de juro, Lagarde vai aguardar os dados sobre o crescimento dos salários negociados no final de maio, bem como os dados sobre a inflação.

“Nos próximos meses, receberemos mais dados, que nos ajudarão a avaliar se podemos estar suficientemente confiantes quanto ao caminho a seguir, à medida que avançamos para a próxima fase do nosso ciclo de política monetária”, afirmou.

A responsável pela política monetária europeia acredita que as suas decisões futuras serão moldadas pelo crescimento dos salários, pelas margens de lucro das empresas e pelo crescimento da produtividade.

No entanto, não podem esperar até terem toda a informação relevante, pois isso poderia implicar o risco de atrasar o ajustamento da política monetária, pelo que tomarão uma decisão futura com os dados disponíveis nos próximos meses.

O BCE decidiu na sua última reunião, no início de março, manter as taxas de juro em 4,5% – o nível mais elevado desde 2001 -, a facilidade de crédito – que empresta aos bancos durante a noite – em 4,75% e a facilidade de depósito – que remunera as reservas excedentárias durante a noite – em 4%.

Últimas de Economia

Os preços homólogos das habitações aumentaram, no primeiro trimestre, 5,4% na área do euro e 5,7% na União Europeia (UE), com Portugal a apresentar o maior aumento (16,3%) entre os Estados-membros, divulga hoje o Eurostat.
Os clientes dos bancos estão a celebrar com maior frequência empréstimos à habitação com taxas de juro mistas, tipologia que abrangeu mais de 80% do total de novos contratos em 2024, segundo o Banco de Portugal.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da Altice disseram hoje que as rescisões na empresa já abrangeram cerca de 200 pessoas, segundo um comunicado hoje divulgado.
As transferências de clientes com contas bancárias em Portugal para instituições financeiras localizadas em paraísos fiscais aumentaram em 2024 para cerca de 8.000 milhões de euros, segundo dados publicados no Portal das Finanças.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) registou em 2024 um défice de cerca de 1.377 milhões de euros, representando uma deterioração de 741 milhões relativamente a 2023, anunciou hoje o Conselho das Finanças Públicas (CFP).
O reembolso do IRS totalizou 1.377,4 milhões de euros até maio, abaixo dos 2.020,6 milhões de euros reportados no mesmo período do ano passado, indicou a síntese de execução orçamental.
O Tribunal de Contas (TdC) anunciou hoje que concedeu o visto ao contrato do INEM para o transporte aéreo de emergência médica, no âmbito do concurso público que prevê a operação de quatro helicópteros pela empresa Gulf Med.
O valor do Adicional ao IMI totalizou 154,5 milhões de euros em 2024, um aumento de 5,68% face ao ano anterior, segundo dados da Autoridade Tributária.
A meia dúzia de ovos ficou mais cara quase 28% desde janeiro, atingindo os 2,06 euros no final de junho, segundo dados da Deco enviados à Lusa.
Os hóspedes e as dormidas no setor do alojamento turístico aumentaram 2,6% e 1,3% em maio, em termos homólogos, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).