“Convidados pela China, representantes do Movimento de Libertação Nacional da Palestina (Fatah) e do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) visitaram recentemente Pequim para discussões profundas e francas sobre a promoção da reconciliação” na Palestina, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jean.
“Os dois lados expressaram plenamente a sua vontade política de alcançar a reconciliação através do diálogo, discutiram muitas questões específicas e fizeram progressos”, sublinhou o porta-voz em conferência de imprensa regular.
A China apoia a causa palestiniana há décadas. Pequim tradicionalmente faz campanha por uma solução baseada no princípio de dois Estados (Israel e Palestina), mas o processo de paz israelo-palestiniano está paralisado desde 2014.
Definida pelos Estados Unidos como uma rival, a China reforçou nos últimos anos as suas relações comerciais e diplomáticas com o Médio Oriente, que tradicionalmente está sob influência norte-americana.
No ano passado, Pequim supervisionou e facilitou a aproximação diplomática entre duas grandes potências regionais, o Irão e a Arábia Saudita.
O Hamas, rival da Fatah – formação política a qual pertence o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, que governa a partir de Ramallah, na Cisjordânia – tomou o poder em 2007 e governa efetivamente na Faixa de Gaza, onde há mais de seis meses o exército israelita realiza uma ofensiva militar.
Israel iniciou a sua ofensiva sobre Gaza após o Hamas ter invadido o território israelita em 07 de outubro, provocando mais de 1.200 mortos e mais de 240 raptadas.
Desde o início da guerra em Gaza, o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, morreram mais de 34 mil pessoas no enclave palestiniano.