CHEGA a favor de eliminação de portagens nas ex-SCUT

O CHEGA vai votar a favor da proposta do PS para eliminar as portagens nas ex-SCUT, anunciou hoje o líder do partido, que indicou não ter chegado a acordo com o Governo para calendarizar uma redução gradual dessas portagens.

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas no parlamento, André Ventura anunciou que deu instruções ao Grupo Parlamentar do CHEGA para aprovar o diploma do PS, que é hoje debatido e votado, por considerar que, caso o inviabilizasse, o partido “seria absolutamente incoerente consigo próprio”.

“O CHEGA defendeu em campanha eleitoral, de forma clara e explícita, o fim de todas as portagens. Eu disse aliás que era uma das propostas mais arrojadas. Foi o compromisso que fizemos: de trabalhar gradualmente para o fim de todas as portagens”, afirmou.

Ventura salientou que o CHEGA procurou consensualizar com o Governo uma calendarização para a descida das portagens – em vez de ser imediata, como propõe o PS -, mas não foi possível chegar a acordo.

Assim, “o CHEGA viabilizará a descida imediata e o fim das portagens imediato nas ex-SCUT, por entendermos que uma proposta demasiado gradual e sem compromisso poderia ferir a expectativa dos portugueses, sentirem que têm um alívio real nas portagens”, anunciou.

Com este voto a favor do CHEGA, a proposta do PS terá assim votos suficientes para ser aprovada na generalidade.

André Ventura defendeu que “o Governo deve vitimizar-se menos e governar mais” e acusou o PS também de “enorme hipocrisia” por propor agora a redução das portagens, quando esteve oito anos no Governo e não o fez.

“Mas com a hipocrisia do Governo nós vivemos bem. O que não vivemos bem é ficar com o peso da responsabilidade de termos defendido, durante uma campanha inteira, o fim das portagens e agora sermos um obstáculo à sua redução ou isenção imediata”, afirmou.

Questionado sobre as razões pelas quais não chegou a acordo com o Governo para calendarizar a redução gradual das portagens, o líder do CHEGA não se quis alongar, salientando que há responsabilidades “de parte a parte” para não se ter chegado a consenso.

“Assumimos a nossa responsabilidade neste quinhão, mas, perante a opção que tínhamos de viabilizar ou inviabilizar, e sabendo que só o CHEGA pode viabilizar esta proposta, nós entendemos que ela deve ser viabilizada porque permitirá que já, nos próximos meses, as pessoas deixem de pagar portagens em zonas fundamentais”, disse.

O fim das portagens em autoestradas ex-SCUT vai ser hoje debatido no parlamento por iniciativa do PS, sendo que as propostas com um desfecho incerto uma vez que os partidos não “abriram o jogo” em relação aos sentidos de voto.

Ao projeto de lei do PS – que tinha sido anunciado pelo líder, Pedro Nuno Santos, durante o debate do Programa do Governo de Luís Montenegro no início de abril – juntaram-se os de BE e PCP e ainda os projetos de resolução (sem força de lei) de IL, PSD/CDS-PP, PAN e CHEGA.

Últimas de Política Nacional

O oitavo debate das Presidenciais ficou hoje em suspenso. António José Seguro, candidato e antigo líder socialista, anunciou que não poderá marcar presença esta quinta-feira no duelo com João Cotrim Figueiredo, na RTP1, devido a um agravamento do seu estado de saúde.
No último dia do debate orçamental, André Ventura classificou o Orçamento do Estado como um documento “viciado e sem ambição”, acusando o Governo de manter a velha fórmula que, diz, tem destruído o país: mais impostos, mais burocracia e mais peso sobre quem trabalha.
Um despacho silencioso que entregou milhões ao Grupo Pestana e 22 escutas que ficaram na gaveta durante anos: dois episódios que voltam a colocar António Costa no centro de suspeitas políticas e judiciais.
O parlamento aprovou hoje o reforço da dotação orçamental do Tribunal Constitucional em 1,6 milhões de euros, por proposta do CHEGA, acedendo assim ao pedido feito pelos juízes do Palácio Ratton em audição parlamentar.
André Ventura deixou um recado direto ao país: Portugal deve condenar a Rússia, mas não enviará jovens portugueses para morrer na Ucrânia. O candidato presidencial exige clareza dos líderes políticos e garante que, se for eleito, evitará qualquer participação militar portuguesa no conflito.
O debate presidencial entre André Ventura e António José Seguro foi o mais visto da semana, superando largamente todos os restantes. No extremo oposto, o duelo entre Gouveia e Melo e João Cotrim de Figueiredo ficou no fundo da tabela, com a pior audiência registada.
André Ventura, presidente do CHEGA, marcou as comemorações do 25 de Novembro, defendendo o legado dos militares que travaram a deriva extremista e reafirmando que Portugal deve celebrar quem garantiu a liberdade e não quem tentou destruí-la.
O antigo Presidente da República Ramalho Eanes considerou hoje “historicamente oportuna a decisão política e militar de rememorar o 25 de Novembro”, salientando que não se trata de celebrar a data mas dignificar a instituição militar e a nação.
O vereador do CHEGA na Câmara de Braga, Filipe Aguiar, pediu hoje uma "atuação firme" do município perante denúncias que apontam para a passagem de cerca de meia centena de atestados de residência para um T3 na cidade.
O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, anunciou hoje que o seu partido vai votar contra a proposta de Orçamento do Estado para 2026 na votação final global, agendada para quinta-feira.