“Primeiro surgiu a ideia de Ouro Preto, pelo Barroco, por essa influência da arquitetura” portuguesa e depois surgiu Petrópolis, uma cidade do estado do Rio de Janeiro “que foi fundada pela corte portuguesa”, frisou à Lusa Connie Lopes.
Petrópolis, cidade com forte ligação a Portugal e que servia de refúgio de verão da corte quando a capital do império, em 1808, passou a ser o Rio de Janeiro, acolhe, sábado e domingo, no Palácio de Cristal, uma feira ao ar livre com artesanato, gastronomia, vinhos, porcelanas, livros, música, poesia e história.
O mesmo sucederá, entre sexta-feira e domingo da próxima semana (24 a 26 de maio), em Ouro Preto, Património Cultural da Humanidade, uma cidade em Minas Gerais, cujas origens remontam a 1698.
Haverá espaço também para programação infantil e palestras sobre “Os laços que unem Brasil a Portugal” e “Dom Pedro enquanto musicista e compositor”.
Um Sarau ‘Decolonial’ para mostrar que o festival não é só de Portugal, mas une “as influências que fizeram o Brasil”, como “África e os povos indígenas”, detalhou Connie Lopes. Nesta ocasião vão entrar em cena, entre outros, a atriz portuguesa Joana Solnado.
Ana Moura, Raquel Tavares e um encontro musical inédito entre Marta Pereira da Costa (guitarra portuguesa) & Samara Líbano (violão 7 cordas, brasileira) estão marcados para as duas cidades histórias, assim como um ‘workshop’ de culinária com a chef portuguesa Marlene Vieira.
O evento é gratuito e a curadora e idealizadora do projeto acredita que a boa reação do público se fará presente.
O projeto é para continuar para os próximos anos, garantiu a curadora, indo para “outras cidades históricas” para cumprir a missão de “uma grande movimentação da lusofonia e dar oportunidade a essas pessoas de estarem juntas”.