Dulce Pontes atua no arranque da bienal cultural Monsaraz Museu Aberto

Um concerto da cantora Dulce Pontes marca, este ano, o arranque da bienal cultural Monsaraz Museu Aberto, com o mote “Eu sou devedor à terra”, anunciou hoje a Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz (Évora).

@ Facebook de Dulce Pontes Oficial

A cantora que “já atuou com Andrea Bocelli, Ennio Morricone e José Carreras” vai apresentar, em 14 de julho, às 22:00, vários “sucessos musicais de mais de 35 anos de carreira” na Praça de Armas do Castelo de Monsaraz, destaca o município alentejano em comunicado.

A bienal cultural Monsaraz Museu Aberto decorre, este ano, entre 14 de 21 de julho, com o mote “Eu sou devedor à terra”, retirado do poema “Alentejo, Alentejo”, de José Gato.

O tema pretende “sensibilizar e inspirar os participantes a agirem pela preservação do património natural e construído de Monsaraz”, refere a autarquia, “estimulando a proteção e identidade do sítio história e da sua envolvente através da cultura”.

Nesse sentido, estão previstos vários concertos, exposições e palestras, entre outras atividades, a realizar em vários locais do concelho.

Logo após a cerimónia de inauguração, marcada para as 17:00 de 14 de julho, no jardim da Casa da Universidade, tem lugar a palestra “A Terra, que futuro?”, pelas 19:00, na Igreja de Santiago, conduzida pelo astrofísico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Filipe Duarte Santos.

A Igreja de Santiago, de resto, é ‘palco’ diário de palestras e conversas, sempre a partir das 17:00, entre as quais “O Pecado Original: Agricultura intensiva do Neolítico aos nossos dias”, em 15 de julho, “O extensivo e o intensivo na paisagem do Alentejo”, em 16 de julho e “Alentejo – Agricultura, paisagem e despovoamento”, em 17 de julho.

“Da terra chão à terra pão” é o tema da palestra de 18 de julho, “Terra chã para a agricultura, terra chão para a arquitetura integrada”, decorre em 19 de julho e no dia 20 é a vez de “Terra e Território com Monsaraz ao fundo”.

O ciclo de eventos na Igreja de Santiago encerra em 21 de julho, com a apresentação do Arquivo Digital do Cante, por Florêncio Cacete e Mariana Cristina.

Na área musical, destacam-se um recital de harpa da espanhola Angélica Salvi, em 18 de julho, na Igreja de Santiago, que no dia seguinte recebe um recital de cravo com Cristiano Holtz, “último aluno de Gustav Leonhardt” e “um dos maiores especialistas” na música de Bach.

Em 19 de julho há concertos de Abraham Cupeiro, músico que toca um instrumento ancestral galego (corna), da orquestra de câmara Eborae Música e da Companhia de Dança Contemporânea de Évora, integrados num percurso ilustrado entre a porta da vila de Monsaraz e o Convento da Orada, a partir das 19:00.

No mesmo dia, a Moagem Sem-fim, no Telheiro, recebe o concerto ‘minimal eletronic’ do contrabaixista João Hasselberg (22:00) e em 20 de julho, na Ermida de São Sebastião, haverá um recital com o afegão Ustad Fazer Sapanf, “mestre do loud e harmónica”, durante um percurso que parte de Monsaraz às 19:00.

Ainda no penúltimo dia da bienal, o argentino Melingo atua na Praça de Armas do Castelo, a partir das 23:00.

A encerrar a Monsaraz Museu Aberto, em 21 de julho, destacam-se a conversa “Eu sou devedor à terra”, às 11:00, com os historiadores José Pacheco Pereira e Ana Paula Amendoeira, e um recital de piano de Tiago Mileu (19:00) no milenar Olival da Pega.

A bienal cultural encerra com a Gala do Cante nas Terras do Grande Lago, a partir das 21:00, na Praça de Armas do Castelo.

Durante o certame, estará presente em vários locais do concelho de Reguengos de Monsaraz uma exposição coletiva de pintura, desenho e cerâmica, com curadoria de Rui Afonso Santos.

A bienal inclui, ainda, oficinas de gastronomia regional, ‘workshops’ e exposições por todo o concelho.

A primeira edição da Monsaraz Museu Aberto decorreu em 1986, organizada pela Câmara de Municipal de Reguengos de Monsaraz, para abordar “o que de melhor se faz na cultura e nas artes do espetáculo” e tornou-se bienal a partir de 1998.

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