O Caminho para os “Patriotas pela Europa”

Desde 2019, que juntamente com Diogo Pacheco de Amorim, e liderado pelo nosso presidente André Ventura, faço as relações interpartidárias ao nível internacional, estando assim envolvido em todo o processo negocial que resultou na criação deste novo grupo europeu dos “Patriotas pela Europa”.

Vou por isso tentar explicar-vos um pouco, todo o contexto e percurso que nos trouxe aqui:

Em 2019, pouco depois da eleição de André Ventura como deputado único, fizemos uma incursão a Bruxelas, com o intuito de criar os primeiros contactos e decidir a Família Europeia a integrar.

Por diversas razões, optámos por alinhar com o grupo Identidade e Democracia, no qual permanecemos até há poucas semanas.

Desde logo, muito pelo prestígio e carisma de André Ventura, já que ainda não tínhamos eurodeputados, passámos a fazer parte das mais altas reuniões de líderes desta família política, com uma voz muito forte, activa e respeitada.

Depressa criámos fortes laços políticos e até pessoais com diversas lideranças, e fomos fazendo soar a nossa voz, no que à necessidade de unir a direita europeia dizia respeito.

Para vos dar uma ideia mais concreta daquilo de que falo, se toda a direita estivesse unida numa só família europeia, e aqui nem conto alguns partidos da ala mais à direita do PPE (família que agrega o PSD e o CDS), hoje seriamos, pelas minhas contas, a 2ª Força Política com 187 eurodeputados, ou seja a 1 eurodeputado do PPE no Parlamento Europeu.

Recordo que o PPE é hoje a 1ª Força Política, com mais 51 eurodeputados que os Socialistas do S&D, hoje em 2º lugar!

Já em 2020 e depois nos anos seguintes, multiplicámo-nos em viagens, com o intuito de negociar, uma hipótese inicial de fusão entre os 2 partidos da direita: ID e ECR, à qual ambicionávamos juntar o Fidesz, partido do governo da Hungria.

Esta fusão era apoiada por vários líderes do ID, mas por razões geopolíticas e também geoestratégicas mostrou-se impossível de concretizar, já que mais que apenas interesses partidários, havia também em jogo interesses nacionais, muitos deles seculares e de difícil resolução.

Era por exemplo difícil, sentar à mesma mesa os húngaros do Fidesz com os romenos do AUR, os polacos com os alemães e por aí fora…

No entanto, na cabeça de diversos líderes, como a Senhora Le Pen, André Ventura ou Viktor Orbán, Geert Wilders ou Matteo Salvini, este era um processo que de uma forma ou de outra, teria de acabar por resultar.

Com a proximidade das eleições europeias, chegámos a uma nova ronda de negociações, entre reuniões presenciais e em vídeo conferência.

Decidiu-se então, pela formação de um novo grupo, que criasse um forte consenso, no sentido de, para além de migrarem todos ou a maioria dos partidos do ID, pudessem também integrar partidos de outras famílias ou não inscritos.

No horizonte, o embrião de uma força conjunta que se lançaria logo como 3ª Força Política.

E assim nasceu o grupo Patriotas pela Europa, logo com 84 eurodeputados.

Por forma a não criar instabilidade na 2ª volta das eleições francesas, optámos consensualmente por um lançamento dos Patriotas pela Europa a partir de 3 partidos: 

– o Fidesz de Viktor Orbán; 

– o ANO de Andrej Babis, anterior primeiro-ministro da República Checa;

– e o FPO do antigo ministro do interior da Áustria, Herbert Kickl, este proveniente do ID.

Durante a semana seguinte foi a vez de migrarem todos os partidos do ID, Chega incluído, e por fim o VOX, vindo do ECR.

E eis-nos chegados aqui!

Um grupo agregador, que nasce com 84 eurodeputados, com um projecto de crescimento a médio prazo, em que o CHEGA conseguiu prevalecer com a voz forte e influente de uma vice-presidência, por nós negociada com os nossos parceiros, sendo a presidência justamente atribuída ao Rassemblement National, o maior partido do grupo com 30 eurodeputados.

Acaba assim todo este trajecto e as negociações de que tive o privilégio de ser parte activa:

De modo vitorioso para o CHEGA, para o nosso presidente André Ventura e na verdade para toda a Europa que tanto necessita de uma voz unida pelas soberanias, pelo controlo de fronteiras, pelo controlo da imigração, e pela luta contra a corrupção entre tantas outras bandeiras por todos sobejamente conhecidas!

Artigos do mesmo autor

Assisti, do primeiro até ao último dos debates políticos em que André Ventura participou, e em todos sem excepção, vi um debate diferente daquele que viram os comentadores na Comunicação Social, quer televisiva quer escrita. Onde eu vi incontornáveis vitórias, eles viram derrotas, onde eu vi esclarecimento, eles viram dúvida, onde eu vi clareza de […]

As Forças de Segurança, nomeadamente a PSP, a GNR e os Guardas Prisionais têm estado num protesto espontâneo, devido ao acumulado de injustiças e falta de condições de trabalho de que têm sido alvo, quer por parte dos governos de António Costa, quer por parte do PSD que se tem mantido calado perante tais factos […]

Depois de mais uma das habituais “trapalhadas” socialistas, a que já nos habituámos, cá vamos de novo a eleições. Escândalo atrás de escândalo, investigação atrás de investigação, incompetência atrás de incompetência, temos um país mais atrasado, em absoluta convulsão nos sectores da Saúde, Educação, Justiça, para não prosseguir indefinidamente naquela que seria provavelmente a mais […]

O mundo assistiu incrédulo, há duas semanas, a um dos maiores ataques terroristas de que há memória! Passou-se no Médio Oriente, mais propriamente em Israel. Um ataque do grupo terrorista Hamas, com milhares de rockets e a infiltração simultânea de um largo número de terroristas, que conseguiram atravessar da Faixa de Gaza para Israel, resultou […]

Começa agora uma intensa fase de lutas políticas em que por um lado, se aproximam importantes eleições na R. A. da Madeira, e por outro se discute uma Moção de Censura ao Governo. Os actores políticos no que às eleições regionais da Madeira diz respeito, são diversos, mas poucos na verdade têm o intuito de […]