Líder da oposição venezuelana acusa Maduro de condenar jovens a violência e prisão

A líder da oposição venezuelana Maria Corina Machado acusou o Presidente do país, Nicolás Maduro, de ter condenado os jovens “à violência e à prisão”, referindo-se aos adolescentes detidos após as presidenciais de julho.

©Facebook de Maria Corina Machado

 

“Maduro não só condenou os nossos filhos ao exílio, à pobreza e à falta de oportunidades, como também os condenou à violência e à prisão, independentemente da idade ou origem”, escreveu no domingo a ex-deputada nas redes sociais.

A responsável disse ainda que o executivo venezuelano violou os direitos e a dignidade dos adolescentes, “separando-os das famílias e condenando não só estes jovens, mas também pais e amigos ao terror”.

“Nas últimas horas, e como resultado da indignação do mundo, muitos deles foram libertados, mas outros continuam reféns”, notou.

Machado disse que uma das adolescentes detidas, no estado de Sucre, no nordeste do país, sofreu um colapso, “que lhe causou danos cerebrais”, e precisou de ser levada para o hospital.

“Aí, foi processada judicialmente, sem direito a defesa, pelo crime de incitação ao ódio, com uma pena de 24 anos de prisão”, acrescentou.

A organização não-governamental venezuelana Foro Penal declarou, no domingo, que, entre 29 de agosto e 01 de setembro, 86 dos mais de 100 adolescentes detidos após os protestos contra o resultado oficial das eleições presidenciais de 28 de julho foram libertados da prisão com medidas cautelares.

Através da rede social X (antigo Twitter), a ONG indicou que os jovens libertados têm entre 14 e 17 anos e são de diferentes estados venezuelanos, sendo 74 do sexo masculino e 12 do sexo feminino.

De acordo com os números oficiais, mais de 2.400 pessoas foram detidas desde 29 de julho, algumas em manifestações e outras em operações policiais, e 25 foram mortas em atos de violência que o Governo atribui à oposição, enquanto a oposição antichavista culpa as forças de segurança do Estado.

Últimas de Política Internacional

A Ucrânia reivindicou ter atacado hoje uma base aérea russa, enquanto a Rússia continuou a bombardear o país com centenas de `drones` durante a noite.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse esta sexta-feira, depois de conversar com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, que concordaram em “reforçar a proteção” dos céus ucranianos após mais um ataque de drones e mísseis russos.
O chanceler alemão pediu hoje à União Europeias (UE) um acordo comercial rápido e simples com os Estados Unidos, que promova a prioridade a determinadas indústrias chave, seis dias antes do prazo estabelecido pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
O pré-candidato anunciado às presidenciais brasileiras de 2026 Ronaldo Caiado, governador do estado de Goiás, advertiu hoje as autoridades portuguesas “que não baixem a guarda” contra organizações criminosas brasileiras que estão a instalar-se com força em Portugal.
O Senado dos Estados Unidos (EUA) aprovou hoje o projeto de lei do Presidente Donald Trump, apelidado de "Big Beautiful Bill", sobre as grandes reduções fiscais e cortes na despesa, por uma margem mínima de votos.
O serviço de segurança interna de Israel, Shin Bet, anunciou hoje que desmantelou uma rede do grupo islamita palestiniano Hamas em Hebron, na Cisjordânia ocupada, numa operação conjunta com o Exército e a polícia.
O Governo norte-americano anunciou hoje que vai cortar o financiamento federal para Organizações Não Governamentais (ONG) envolvidas em distúrbios, independentemente do resultado de uma resolução a aprovar no Congresso sobre este assunto.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, previu hoje "decisões históricas e transformadoras" na cimeira de Haia para alocar 5% do PIB à defesa, visando compensar o "esforço desproporcional" dos Estados Unidos.
O presidente ucraniano deverá pedir mais sanções de Washington contra Moscovo e a aquisição de armamento dos EUA. A reunião deverá começar pelas 13h00 locais (12h00 em Lisboa).
O preço do barril de petróleo Brent para entrega em agosto caiu hoje mais de 5% no mercado de futuros de Londres, depois de Israel ter aceitado o cessar-fogo com o Irão proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.