EUA apreendem avião usado por Presidente da Venezuela alegando violação de sanções

O Governo dos Estados Unidos apreendeu um avião utilizado pelo Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alegando violações das sanções e das leis de controlo das exportações, informou hoje o Departamento de Justiça norte-americano.

© Facebook de Nicolas Maduro

As autoridades norte-americanas alegam que a aeronave foi comprada ilegalmente, através de uma empresa de fachada, e contrabandeada para fora dos Estados Unidos.

O avião, registado em San Marino, foi frequentemente utilizado por Maduro para viagens ao estrangeiro, incluindo algumas realizadas no início deste ano à Guiana e a Cuba.

A 22 de agosto, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, controlado pelos chavistas, validou a reeleição de Maduro para um terceiro mandato presidencial de seis anos, nas eleições de 28 de julho – uma validação de vitória rejeitada por numerosos países que instaram as autoridades venezuelanas a divulgarem os resultados eleitorais pormenorizados.

Nicolás Maduro, de 61 anos, foi, após o ato eleitoral, proclamado vencedor das presidenciais, com 52% dos votos, pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que, no entanto, não divulgou as atas das assembleias de voto, afirmando-se vítima de um ato de pirataria informática.

Tal argumento foi então considerado pouco credível pela oposição e por numerosos observadores, que nele viram uma manobra do poder para evitar ter de apresentar a contagem de votos exata.

O anúncio da reeleição do Presidente socialista no escrutínio de julho desencadeou manifestações espontâneas, que foram violentamente reprimidas. Os protestos causaram pelo menos 27 mortos e 192 feridos e 2.400 pessoas foram detidas, de acordo com fontes oficiais.

Segundo a oposição, que tornou públicas as atas de votação obtidas graças aos seus escrutinadores, o seu candidato, Edmundo González Urrutia, venceu as eleições com mais de 60% dos votos.

Sem as mostrar, o TSJ assegurou a 22 de agosto ter verificado as atas da votação que lhe foram entregues pelo poder, bem como a veracidade do ataque informático ao CNE.

Os Estados Unidos e dez países latino-americanos rejeitaram nesse dia, num comunicado conjunto, a validação pelo TSJ dos resultados eleitorais, argumentando que a vitória presidencial de Maduro foi anunciada “com base numa ata de resultados parcial, emitida de forma oral, com números que evidenciavam impossibilidades matemáticas e sem apresentar os resultados em separado”.

Últimas de Política Internacional

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, defendeu hoje que o partido de direita radical alemão AfD e a respetiva candidata ao cargo de chanceler são o futuro da Alemanha, enquanto Alice Weidel elogiou a Hungria como um modelo a seguir.
A Presidência da Rússia rejeitou hoje a proposta sobre a troca de territórios ocupados entre Kiev e Moscovo como parte das negociações de paz, uma possibilidade defendida pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A Comissão Europeia decidiu hoje levar Portugal perante o Tribunal de Justiça da União Europeia (UE) por falhas na transposição da diretiva sobre créditos não produtivos (NPL, na sigla inglesa), foi hoje divulgado.
O número de passagens irregulares nas fronteiras da União Europeia (UE) manteve, em janeiro, a tendência em baixa observada em 2024, tendo recuado 22% na comparação homóloga, segundo dados da Frontex.
Os eurodeputados portugueses do PS, AD, IL, BE e PCP salientam à Lusa a necessidade de medidas para proteger a União Europeia (UE) contra 'fake news' e desinformação, enquanto o CHEGA diz que a UE as produz.
Uma representação de alto nível da administração do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai visitar a Ucrânia até sexta-feira, anunciou o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Presidente colombiano, Gustavo Petro, pediu no domingo a demissão de todos os ministros e outros altos dirigentes da administração, numa crise política instalada no executivo desde uma polémica reunião na terça-feira, transmitida pela televisão e pelas redes sociais.
Para Ventura, a receção calorosa foi um sinal “de dever cumprido” e de reconhecimento ao “nosso valor e ao nosso triunfo.” Em declarações à Herqles, o líder do CHEGA alegou que “foi alcançada uma verdadeira aliança de Patriotas para mudar a Europa.”
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, defendeu hoje que o futuro dos europeus passa pela direita, num encontro dos Patriotas pela Europa, em Madrid, durante o qual sublinhou as mudanças provocadas pelo "tornado Trump".
O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, instou hoje os países que criticam o plano do Presidente Donald Trump para a Faixa de Gaza a manifestarem-se e a fazerem as suas próprias propostas para ajudar o território palestiniano.